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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Maria esperava o lanche irritada. (irritada por esperar)/ Carla dirigiu ocarro nervosa. (nervosa por dirigir)). Essa constatação também parecefragilizar a conclusão <strong>de</strong> Rothsthein (2003) <strong>de</strong> que o evento <strong>de</strong>notado pelopredicado secundário <strong>de</strong>scritivo assume um lugar no passado em relação aopredicado primário, pois, quando a relação entre predicado primário epredicado secundário é assumida como sendo <strong>de</strong> causa, isso não acontece.Uma das hipóteses levantadas neste trabalho é <strong>de</strong> que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo danatureza semântica do predicado primário e do predicado secundário, arelação entre eles po<strong>de</strong> ser diferente, acarretando ou não certas restrições.Acredita-se também que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da natureza da relação entreessas duas eventualida<strong>de</strong>s, elas sempre vão compartilhar um argumento e teruma correlação temporal. Logo, o conectivo quando não esclarece todas asimplicações relativas a essa relação. Assim, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>-se que somente umaanálise composicional po<strong>de</strong> dar conta <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a relação entre aeventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>notada pelo predicado primário e a eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>notadapelo predicado secundário.NEGAÇÃO DE DICTO E DE RE : PROBLEMAS PARA OTRATAMENTO COMPUTACIONAL .Ana Maria T. Ibanos (PUCRS)A negação tem sido, nas línguas naturais , um problema constante do ponto<strong>de</strong> vista léxico, sintático, semântico e pragmático. Na perspectiva lexical,por exemplo, chamam atenção redundâncias como (a) Ninguém nunca diznada. e (b) Não vi ninguém .Na sintaxe, a negação <strong>de</strong> uma sentença como (c) João é vegetariano. po<strong>de</strong>ser expressa em duas formas diferentes em (d) e (e): (d) João não évegetariano.(e) Não é verda<strong>de</strong> que João seja vegetariano.Semanticamente, proposições como (f) O Rei da França não existe.geram o clássico problema <strong>de</strong>, sendo verda<strong>de</strong>iras, não saberemos so<strong>br</strong>equem estamos falando.Do ponto <strong>de</strong> vista pragmático, como se sabe, um enunciado (g), afirmativo,po<strong>de</strong> ser entendido como uma negação:(g) (x) Gostarias que a tua sogra fosse junto?(y) Claro que sim (ironicamente)Dadas essas aparentes idiossincrasias no processo <strong>de</strong> negação , comooferecer-lhe um tratamento computacional a<strong>de</strong>quado se argumentosproblemáticos po<strong>de</strong>m ser obtidos pelo uso da negação ? Em (h), por exemplo,(h) (x) Se esta é uma flor, então não é uma rosa.(y) é uma rosa.-------------------------------(z) Portanto, não é uma flor163

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