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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Apesar <strong>de</strong> complexa e complicada, a escrita parece exibir um tipo <strong>de</strong>trabalho consistente entre os escritores. Hughey (1983) sugere que oprocesso da escrita po<strong>de</strong> ser dividido num número <strong>de</strong> estágios distintos,compreen<strong>de</strong>ndo a discussão inicial das idéias (<strong>br</strong>ainstorming), passando pelapesquisa, <strong>de</strong>scoberta, criação, revisão e edição com vistas à publicação. Opapel do professor é <strong>de</strong> apoio fundamental em cada uma das etapas, mas otema da redação <strong>de</strong>ve ser escolha dos alunos, bem como a autoria da escritadurante todo o processo. Assim, sugere o autor, os alunos adquirem sua vozautêntica na escrita e o trabalho da escrita terá um <strong>de</strong>senvolvimento natural,incluindo a atenção às feições mais aparentes como ortografia e caligrafia.Fatores psicológicos, lingüísticos e cognitivos fazem da escrita um meiodiscursivo mais complexo e difícil para a maioria das pessoas, seja na línguamaterna ou numa segunda língua. Se consi<strong>de</strong>rarmos apenas fatorescognitivos, normalmente se apren<strong>de</strong> a escrita antes através <strong>de</strong> instruçãoformal do que pelo processo natural <strong>de</strong> aquisição. A escrita exigeaprendizagem prévia e muito mais esforço mental (SKEHAN, 2003). Quemescreve vê-se forçado a se concentrar no sentido das idéias, garantindo queaquilo que escrevem transmite a mensagem pretendida, bem como naprodução das idéias, da forma linear em que elas <strong>de</strong> fato aparecem na página.A produção quase nunca é rápida ou fluente, e nem sempre o sentido ficaclaro. A competência na escrita via <strong>de</strong> regra se <strong>de</strong>senvolve muito lentamentena primeira língua. Normalmente apren<strong>de</strong>-se a escrever <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se tercompletado a aquisição da gramática da fala, <strong>de</strong> modo que durante o ato daescrita as idéias tomam forma muito mais lentamente do que na fala. Amente serve <strong>de</strong> monitor para quem escreve. Conforme se formulamentalmente as sentenças, elas po<strong>de</strong>m sofrer alterações por já que sãomonitoradas pelas experiências aprendidas so<strong>br</strong>e a língua em sua estrutura eemprego. Segundo Scovel (2004), como muitos alunos <strong>de</strong> ESL pensam nasua primeira língua e traduzem frase a frase em vez <strong>de</strong> idéia a idéia, comfreqüência eles experimentam uma enorme frustração quando escrevemnuma segunda língua.APRENDER A LER NO SÉCULO XXI: COM A PALAVRA ASNEUROCIÊNCIASSonia Regina Victorino Fachini (USCP)Essa comunicação preten<strong>de</strong> promover a reflexão a respeito doprocessamento <strong>de</strong> leitura a partir das mais recentes <strong>de</strong>scobertas feitas pelasneurociências, em específico às tratadas por Stanislas Dehaene em seu livro“Lês neurones <strong>de</strong> la lecture”. Os progressos das neurociências e dapsicologia cognitiva conduziram a uma <strong>de</strong>codificação dos mecanismosneuroniais do ato <strong>de</strong> ler. Atualmente, graças à imagem por ressonânciamagnética, são necessários apenas alguns minutos para visualizar as regiõescere<strong>br</strong>ais ativadas quando da <strong>de</strong>codificação das palavras. Segundo Dahaene,por trás <strong>de</strong> cada leitor se escon<strong>de</strong> uma intricada mecânica neural precisa e326

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