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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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contrário, o PP só conseguirá ser adjungido ao verbo, funcionando como umadjunto adverbial.(1) a. A Maria usou sapato em cima do tapete. (*adn/adv)b. A Maria usou um sapato em cima do tapete. (?adn/adv)c. A Maria usou o sapato em cima do tapete. (adn/adv)d. A Maria usou aquele sapato em cima do tapete. (adn/adv)INFERÊNCIAS RELACIONADAS AO USO DE ITERATIVOS EMENUNCIADOS COM OPERADOR DE POSSIBILIDADE: QUESTÃODE CONVENÇÃO OU DE CONVERSAÇÃO?Marcos Goldna<strong>de</strong>l (UFRGS)Pressuposições permanecem oferecendo consi<strong>de</strong>ráveis <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>scritivosàs teorias lingüísticas. Atualmente, teorias semânticas discursivas, comoDRT e FCS, têm ocupado um importante espaço <strong>de</strong>stinado à discussão doproblema da projeção <strong>de</strong> pressuposições, questão que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong>setenta, tem-se constituído em <strong>de</strong>safio à elaboração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo formalcapaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a<strong>de</strong>quadamente o mecanismo através do qualpressuposições i<strong>de</strong>almente disparadas por gatilhos resultam (ou não) empressuposições efetivas dos enunciados. A teorias semântico-discursivas,embora se diferenciem em muitos aspectos das tentativas pragmáticasanteriores <strong>de</strong> lidar com o problema da projeção, compartilham com elasvários pressupostos teóricos. Assim como as abordagens <strong>de</strong> Karttunen,Karttunen e Peters, Gazdar e Soames, as semânticas discursivas sãoher<strong>de</strong>iras da intuição <strong>de</strong> Stalnaker, segundo a qual pressuposições sãoconteúdos apresentados como mutuamente compartilhados entreinterlocutores. Esses conteúdos, segundo essa visão amplamente aceita, sãodisparados por gatilhos, que, ainda nessa perspectiva, são recursoslingüísticos convencionais. Na perspectiva referida, a força dos gatilhos, que<strong>de</strong>corre <strong>de</strong> seu caráter convencional, seria responsável pelo fenômeno daacomodação, que ocorre nos casos em que, mesmo não sendo mutuamentecompartilhado pelos interlocutores, um conteúdo lingüisticamentepressuposto resulta incorporado ao contexto. De fato, qualquer teoria quesuponha a existência <strong>de</strong> um gatilho, recurso convencional, está atrelada àidéia <strong>de</strong> acomodação, que parece justificada pela observação <strong>de</strong> enunciadoscomo (1a)-(3a), que, mesmo quando proferidos em contextos que nãocontêm os conteúdos em (1b)-(3b), os pressupõem.(1a) Desculpem o atraso, mas meu carro estragou.(1b) O falante tem um carro.(2a) – Te peguei fumando!– É... Eu não parei <strong>de</strong> fumar.(2b) O falante fumava.(3a) Lia caiu na pegadinha <strong>de</strong> novo?(3b) Lia caiu na pegadinha anteriormente.213

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