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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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RETROFLEXÃO GRADIENTE EM DADOS DO PBFelipe Costa Clemente (UFPR)O estudo <strong>de</strong> Sproat e Fujimura (1993), so<strong>br</strong>e as variantes <strong>de</strong> /l/ do inglêsnorte-americano, aponta existência <strong>de</strong> alofonias gradientes na produção dalateral. Ou seja, os autores verificam, através <strong>de</strong> dados acústicos earticulatórios, que não existe uma variante alveolar e outra velarizada, comorelatava a literatura fonético-fonológica até então; ao contrário, notam aexistência <strong>de</strong> uma variação alofônica que se esten<strong>de</strong> ao longo <strong>de</strong> umcontínuo físico e que permite observar variantes ten<strong>de</strong>ndo à alveolar e outrasten<strong>de</strong>ndo à velarizada, sendo tal tendência <strong>de</strong>terminada pela força <strong>de</strong>fronteira adjacente à lateral, <strong>de</strong> modo que, quanto mais forte a fronteira, maisa lateral ten<strong>de</strong> a velarizada e, quanto mais fraca a fronteira, mais a lateralten<strong>de</strong> a alveolar. Como laterais e róticos exibem gran<strong>de</strong> semelhança –atestada, e.g., por fatos sincrônicos e diacrônicos <strong>de</strong> lambdacismo erotacismo em diversas línguas, o que faz com que a literatura fonológica <strong>de</strong>inspiração gerativista abarque todos esses segmentos numa mesma classe –levantou-se a hipótese <strong>de</strong> que também os róticos <strong>de</strong> final <strong>de</strong> palavra possamexibir retroflexão gradiente. Cabe frisar que, assim como a velarização dalateral, também a retroflexão do rótico parece requerer um tempo maior <strong>de</strong>ativação do gesto <strong>de</strong> dorso <strong>de</strong> língua relativamente ao <strong>de</strong> ponta, o que seobserva pelo aspecto visual contínuo da retroflexa comparativamente aoaspecto visual <strong>de</strong>scontínuo do tap, a variante <strong>de</strong> /r/ produzida pela ação <strong>de</strong>movimento <strong>de</strong> ponta <strong>de</strong> língua. Assim, preten<strong>de</strong>mos testar a hipótese acimainvestigando dados <strong>de</strong> um dialeto on<strong>de</strong> os informantes alternam tap eretroflexo em coda – o dialeto curitibano. Para tanto, foi elaborado umexperimento em que se manipula a força <strong>de</strong> fronteira seguinte ao rótico, <strong>de</strong>modo a gerar sentenças que constituem um par mínimo prosódico: numa dassentenças, o rótico prece<strong>de</strong> fronteira <strong>de</strong> vocativo – fronteira forte, portanto –e, na outra, o rótico prece<strong>de</strong> a fronteira – fraca – entre o NP e o VP <strong>de</strong> umasentença. Assim, o corpus contém pares <strong>de</strong> sentenças como: “Almir, apaga alousa” e “Almir apaga a lousa.” A análise acústica dos dados <strong>de</strong> umainformante, realizada com o auxílio do software Praat, parece confirmarnossa hipótese, <strong>de</strong> modo que variantes ten<strong>de</strong>ndo a retroflexo são observadasdiante <strong>de</strong> fronteira forte e variantes ten<strong>de</strong>ndo a tap ocorrem diante <strong>de</strong>fronteira fraca. Como esta é uma primeira análise, novos dados serãocolhidos e analisados com o intuito <strong>de</strong> verificar se a relação ali observada semantém.INCORPORAÇÃO DE DETALHE FONÉTICO NAREPRESENTAÇÃO DO TAP E JOGOS DE CODIFICAÇÃO DELINGUAGEMGustavo Nishida (UFPR)Estudos so<strong>br</strong>e os róticos do Português Brasileiro (PB) mostram que aestrutura formântica do elemento vocálico que acompanha o tap varia <strong>de</strong>55

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