13.07.2015 Views

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

izomático, o que, <strong>de</strong> forma cabal, transformou sua maneira e ver o mundo e,so<strong>br</strong>etudo, <strong>de</strong> estar nele.“TRAPACEANDO” A LÍNGUA NO GOVERNO MÉDICI: UMESTUDO SOBRE O IMAGINÁRIO DE LÍNGUA PELO JORNALPASQUIMCarme Regina Schons (UPF)Cinara Sabadin Dagneze (UPF)O presente estudo preten<strong>de</strong> refletir so<strong>br</strong>e o modo como as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>re/ou resistência atuam na construção <strong>de</strong> um imaginário so<strong>br</strong>e língua.Consi<strong>de</strong>rando que o estudo da língua é também uma questão política e quemudanças ocorrem, sejam elas <strong>de</strong>terminadas pela lei ou pelas práticas sociais,buscamos analisar discursos <strong>de</strong> jornalistas, publicados em edições doPasquim, entre os anos 69 e 70. Por se tratar <strong>de</strong> um jornal <strong>de</strong> resistência,partimos da indagação inicial: Que impacto i<strong>de</strong>ntitário tais discursos teriamproduzido socialmente, uma vez que se contrapunham a práticas do governomilitar através do humor? É, pois, nesse contexto que, por meio <strong>de</strong> umaescrita simbólica, o humor perpassa a estrutura língua trabalhada emmanuais que orientam a redação da imprensa <strong>br</strong>asileira no governo Médici.O texto jornalístico é resultado da prática <strong>de</strong> uma escrita especializadaprofissionalmente, institucionalizada em manuais <strong>de</strong> redação, mas que po<strong>de</strong>ser pensada como espaço <strong>de</strong> resistências, <strong>de</strong> equívocos e <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>s.HABERMAS E O DISCURSO POLÍTICO DA MODERNIDADEJúnia Diniz Focas (UFMG/UNICAMP)Na análise do Discurso Político da Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, referimo-nos a umamanifestação discursiva específica, cujos mecanismos <strong>de</strong> sentido sãoacionados na construção <strong>de</strong> uma fala hegemônica que reproduz i<strong>de</strong>ologiasem uma Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> marcada pelo <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico, peloconhecimento científico e atormentada por uma incalculável dívidasocial. Para tanto, analisaremos um discurso do primeiro ministro <strong>br</strong>itânicoTony Blair, contrastando-o com outro do presi<strong>de</strong>nte da República, LuizInácio Lula da Silva, e verificaremos <strong>de</strong> que forma ambos repercutem a falado po<strong>de</strong>r político. Partiremos do conceito <strong>de</strong> performativida<strong>de</strong>,fundamentado, segundo Habermas, no postulado <strong>de</strong> que “dizer não é fazer”,mas sim “o fazer implica um dizer”, produzindo então uma inversão noprincípio clássico da teoria dos atos <strong>de</strong> fala. Para Habermas, a linguagem,analisada por esse ângulo, encerra um dialogismo que se manifesta não noestabelecimento a priori <strong>de</strong> uma ação, mas sim <strong>de</strong> que a ação já é em si um“fazer através do ato <strong>de</strong> fala”. Se então “fazer é dizer”, a instância dialógicado discurso encontra-se recuperada e assim a performativida<strong>de</strong> institui “umfazer político” através do qual a fala política constrói um discurso fundador.É <strong>de</strong>ssa perspectiva que situaremos nossa discussão so<strong>br</strong>e o DiscursoPolítico da Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, consumado no sentimento coletivo <strong>de</strong> incerteza e353

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!