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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Este trabalho constitui-se em um estudo so<strong>br</strong>e o status prosódico dos clíticospronominais ‘-me’, ‘-te’, ‘-se’, ‘-lhe(s)’, ‘-o(s)’, ‘-nos’, ‘-lo(s)’ do PortuguêsBrasileiro, tomando como base a análise do comportamento da regra <strong>de</strong>elevação das vogais /e/ e /o/ <strong>de</strong>sses elementos em duas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> falaexistentes no Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: a metropolitana e a fronteiriçacom país <strong>de</strong> fala espanhola. O estudo utiliza dados <strong>de</strong> Santana doLivramento, região que faz fronteira com o Uruguai, em diferentes épocas:uma amostra coletada em 1978 e uma amostra coletada em 2003-5, além <strong>de</strong>utilizar dados <strong>de</strong> uma terceira amostra, a da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre – regiãometropolitana. A opção por investigar a regra <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> vogais átonas<strong>de</strong> clíticos pronominais em uma varieda<strong>de</strong> fronteiriça <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong>, nalíngua espanhola, as vogais médias altas não se converterem em vogais altasem posição final. Por essa razão, confrontamos uma varieda<strong>de</strong> fronteiriçacom uma não fronteiriça, a fim <strong>de</strong> verificar o comportamento das vogais dosclíticos com respeito à preservação das médias. Com esse encaminhamento,além da busca <strong>de</strong> subsídios para a verificação do status prosódico dosclíticos, é possível também revelar se essa regra apresenta um estágio <strong>de</strong>variação estável ou um processo <strong>de</strong> mudança em curso. A análise dos dadosé realizada sob a perspectiva da Fonologia Prosódica (Nespor e Vogel, 1986)e da Fonologia Lexical (Kiparsky, 1985; Mohanan, 1986), as quais secomplementam, como também da Teoria da Variação (Labov, 1972, 1982,1994). Com esse suporte teórico, além <strong>de</strong> verificarmos o status prosódicodos clíticos pronominais do Português Brasileiro, também estabelecemosuma comparação com os clíticos do Português Europeu. Tal comparaçãofundamenta-se na hipótese <strong>de</strong> que a integração dos clíticos pronominais comseu hospe<strong>de</strong>iro nesses dialetos dá-se <strong>de</strong> maneira diferente. Além disso, apesquisa inclui uma análise estatística da regra <strong>de</strong> elevação dos clíticospronominais, o que, além <strong>de</strong> contribuir para o estudo em questão, tambémapresenta um caráter <strong>de</strong>scritivo do Português Brasileiro.ASPECTOS DA FONOLOGIA PROSÓDICA DO GUARANI MBYÁMarci Fileti Martins (Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina, UNISUL)Este artigo propõe uma discussão so<strong>br</strong>e a <strong>org</strong>anização do sistema prosódicodo Mbyá, notadamente, no nível da palavra. O Mbyá é um dialeto da línguaGuarani, da família lingüística Tupi-Guarani (TG). Os dados analisados sãoda variante falada nos assentamentos <strong>de</strong> Morro dos Cavalos e Maciambu,município <strong>de</strong> Paulo Lopes (SC). Busca-se com essa discussão <strong>de</strong>terminar emque medida cada um dos constituintes prosódicos (sílaba, pé, palavrafonológica) vai servir como domínio para a aplicação <strong>de</strong> processos fonéticose <strong>de</strong> regras fonológicas como i) o apagamento <strong>de</strong> vogais adjacentesidênticas, ii) a ditongação, iii) o alongamento <strong>de</strong> vogais em palavrasmonossilábicas tônicas e iv) a duplicação <strong>de</strong> segmentos bissilábicos. Alémdisso, propõe-se que o sistema acentual do Mbyá po<strong>de</strong> ser entendido comoum sistema iâmbico (Hayes, 1995), sendo que o alongamento <strong>de</strong> núcleosilábico e a ditongação final <strong>de</strong> radical, processos fonológicos que no Mbyá382

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