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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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frase, as ocorrências não possuem as “funções discursivas” apontadas pelaliteratura: a oração VS não possui nem “função apresentativa” (i.é, <strong>de</strong>introdução <strong>de</strong> um referente que se tornará “tópico” da unida<strong>de</strong> temática, cf.Pontes 1987, Givón 1993) nem “função <strong>de</strong> sinalização <strong>de</strong> background”, (i.é,<strong>de</strong> sinalização <strong>de</strong> função não-tópica do sujeito, cf. Naro & Votre 1999).Nenhuma <strong>de</strong>stas caracterizações não consegue explicar um traço constantedas ocorrências em questão: do ponto <strong>de</strong> vista da segmentação temática dodiscurso, ocorrem em “posição final”, e não inicial ou medial, <strong>de</strong> uma“unida<strong>de</strong> temática”. O exemplo (1) abaixo ilustra o tipo <strong>de</strong> ocorrência quediscutiremos, por oposição por exemplo a (2), que po<strong>de</strong> ser assimilado àfunção apresentativa:(...) Dez anos atrás, hospe<strong>de</strong>i-me num hotel e m Uberaba. Chico [Xavier]estava doente e raramente aparecia no centro [espírita]. Após dias <strong>de</strong>plantão, ele surgiu, sentou-se e começou a ler um texto. (1) Estávamoseu e mais cinco pessoas. (2) Aí veio a arrogância do jovem da cida<strong>de</strong>gran<strong>de</strong>, a arrogância motivada pela ignorância, mas que acabou sendoútil. Parei em frente <strong>de</strong>le e man<strong>de</strong>i: “Sou um jornalista do Rio <strong>de</strong> Janeiro(...)”. (“Surra em horário no<strong>br</strong>e”, Isto É On line <strong>de</strong> 03/11/2004,http://www.terra.com.<strong>br</strong>/istoe/)Além <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as principais características semânticopragmáticas<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> ocorrência, procuraremos indicar as questões queelas levantam para abordagens semântico-veritativas correntes para aestrutura do discurso e sua relação com a estrutura informacional da frase(van Kuppevelt 1995, Roberts 1996, Büring 2003; Asher & Lascari<strong>de</strong>s 2003,Umbach 2004).A AQUISIÇÃO DE COMPLEMENTAÇÕES SENTENCIAIS: OSPADRÕES DE COMPLEMENTAÇÃO EM LÍNGUAS DE SUJEITONULO E NÃO-NULOVivian Meira (UNICAMP, UNEB)Visa-se a investigar os padrões <strong>de</strong> complementação sentencial,tanto as completivas finitas (indicativo e subjuntivo) quanto as não-finitas(especificamente o infinitivo), buscando <strong>de</strong>screver como se <strong>de</strong>senvolve essasocorrências na aquisição do Português e do Inglês. Tomando como base aTeoria <strong>de</strong> Princípios e Parâmetros (cf. Chomsky, 1981), parte-se da hipótese<strong>de</strong> que, em línguas <strong>de</strong> sujeito nulo, as estruturas <strong>de</strong> complementação sãoadquiridas a partir <strong>de</strong> padrões distintos dos padrões <strong>de</strong> línguas não pro-drop.Para tanto, toma-se como base a Hipótese da Oposição Semântica (cf.Hyams, 2001), segundo a qual há uma hierarquia semântica no que se refereaos modos verbais no período da aquisição. A oposição Realis versusIrrealis é marcada por distintos padrões <strong>de</strong> complementação, ou seja, oinfinitivo e o indicativo, por serem adquiridos antes do subjuntivo, ten<strong>de</strong>m aexpressar os traços [+- realis]. Nesse sentido, o marcador morfológico <strong>de</strong>infinitivo assume o traço [- realis] (que será posteriormente assumido pelo211

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