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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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UM OLHAR SOBRE O USO DA LINGUAGEM A PARTIR DESAUSSURECláudio Primo Delanoy (PUCRS)Cristina Rörig (PUCRS)Joseline Tatiana Both (PUCRS)O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>senvolver os conceitos saussurianos <strong>de</strong> língua,fala e relação a fim <strong>de</strong> mostrar como eles fundamentam um olhar so<strong>br</strong>e o usoda linguagem, especificamente na Teoria da Argumentação na Língua(TAL), <strong>de</strong> Oswald Ducrot. Saussure estabeleceu a oposição língua/fala epropôs a língua como objeto <strong>de</strong> estudo da Lingüística. A língua, paraSaussure, é um sistema <strong>de</strong> signos, entendidos como elementos que só se<strong>de</strong>finem por sua relação com outros signos, o que resulta na noção <strong>de</strong> valorsemântico. Saussure não associa língua e fala e consi<strong>de</strong>ra que a fala estárelacionada ao extralingüístico. Ducrot vai além da proposta saussuriana pormeio <strong>de</strong> uma relação entre língua/fala. Assim, na TAL o sentido se constróina articulação <strong>de</strong>sses elementos e se verifica nas relações estabelecidas entreo uso das palavras no enunciado. Ducrot propõe dois tipos <strong>de</strong> hipóteses parao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua pesquisa: as hipóteses externas são relativas à faseempírica <strong>de</strong> observação do objeto, ou seja, o fundamentam. Uma vezestabelecidas, não po<strong>de</strong>m ser alteradas, sob pena <strong>de</strong> invalidar o trabalho. Ashipóteses internas referem-se à explicação do fenômeno e po<strong>de</strong>m, portanto,ser modificadas. Ducrot toma como hipóteses externas o estruturalismo <strong>de</strong>Saussure e a enunciação. Para o lingüista, a enunciação é o surgimento <strong>de</strong>um enunciado. Prevê um locutor produzindo um enunciado a um interlocutor,sendo ambos seres discursivos. O locutor é o ser responsável pelo enunciadoe no qual se marca ao produzir eu, aqui, agora. O interlocutor é o<strong>de</strong>stinatário do enunciado. Para o lingüista, o enunciado é a <strong>de</strong>scrição da suaenunciação. Essa <strong>de</strong>scrição envolve também a presença <strong>de</strong> enunciadores, quenão têm palavras, mas suas “vozes” estão implícitas no enunciado. Osenunciadores são argumentativos, pois são responsáveis pelos pontos <strong>de</strong>vista que indicam. O locutor, ao tomar atitu<strong>de</strong>s frente aos enunciadores,também argumenta. Consi<strong>de</strong>rando o sentido que <strong>de</strong>corre da relaçãolíngua/fala, que a argumentação está contida na língua, e que argumentar éexpressar um ponto <strong>de</strong> vista num discurso, verifica-se que a TAL estuda asrelações entre as palavras, frases e entre discursos. Propõe-se, assim,primeiramente, uma discussão so<strong>br</strong>e os conceitos <strong>de</strong> Saussure para o estudoda linguagem, seguido da abordagem <strong>de</strong> Ducrot. Após, apresenta-se aproposta <strong>de</strong> um olhar so<strong>br</strong>e o uso da linguagem a partir <strong>de</strong> Saussure, noenfoque da TAL.O MECANISMO ENUNCIATIVO DE CONJUNÇÃO NO ATO DEAQUISIÇÃO DA LINGUAGEMCarmem Luci da Costa Silva (UFRGS)178

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