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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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através da política, pois simula um processo <strong>de</strong> inclusão dos sujeitos,apagando a divisão <strong>de</strong>sigual do real (Orlandi, 2001). O discurso do Hip-Hop,por exemplo, reverbera outros modos <strong>de</strong> significar a cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> lhe atribuirsentidos que não se ‘enquadrariam’ nos padrões da imposiçãohomogeneizante do espaço urbano. Isto porque esse discurso apresenta-secomo uma fala que <strong>de</strong>s<strong>org</strong>aniza o discurso do urbano, o senso comum. Apartir <strong>de</strong> três textos musicados do grupo <strong>de</strong> Hip-Hop Racionais MC’s, daperiferia <strong>de</strong> São Paulo, procuramos enten<strong>de</strong>r a forma como a cida<strong>de</strong> produzefeitos <strong>de</strong> sentido em seus sujeitos-habitantes e <strong>de</strong> que forma o discurso doHip-Hop, ou melhor, o rap lança mão <strong>de</strong> estratégias lingüístico-discursivasque <strong>de</strong>safiam a imposição homogeneizante do discurso do urbano.IMAGENS DO COMPROMISSO E DA REALIZAÇÃO: QUEDISCURSO É ESSE?Rodrigo Oliveira Fonseca (UFRGS)A discussão teórica do discurso por (e com) imagens nos permite repensar aprópria relação língua-discurso, originalmente pensada na Análise doDiscurso pecheutiana nos termos <strong>de</strong> base-processo. Acreditamos que noimagético (ainda mais que no lingüístico) a produção <strong>de</strong> efeitos i<strong>de</strong>ológicos<strong>de</strong> evidência é constante, por mais paradoxal que possa ser pensarmos emimagem transparente. Nesta comunicação alguns pressupostos da semióticasão contrapostos em função <strong>de</strong> um olhar historicizante da leitura <strong>de</strong> imagens.Para isso, apresento a análise <strong>de</strong> duas cartilhas ilustradas, materiais <strong>de</strong>promoção do Orçamento Participativo <strong>de</strong> Porto Alegre. Na primeira cartilha,a discursivida<strong>de</strong> imagética evoca uma memória do dizer e do visualizar quetece uma região <strong>de</strong> sentidos marcada por <strong>de</strong>safios e dificulda<strong>de</strong>s. Prefeitura emovimento comunitário são apresentados enquanto sujeitos solidários ecompromissados com uma gestão <strong>de</strong>mocrática. Na outra cartilha, opersonagem-guia Cid Cidadão – tomando a posição discursiva e o planovisual anteriormente ocupados pelo sujeito-do-discurso AdministraçãoPopular – é peça importante no apagamento <strong>de</strong> compromissos e sujeitos. Osdizeres e visibilida<strong>de</strong>s do movimento comunitário são silenciados, apagadose <strong>de</strong>rrotados no processo discurso, ao ponto <strong>de</strong> sua participação já não fazertanto sentido. Temos assim o <strong>de</strong>slizamento <strong>de</strong> um dizer/visualizar tensorumo a práticas discursivas que <strong>de</strong>senham uma participação popular evi<strong>de</strong>nte,estabilizada e consensual: a participação no Orçamento Participativo.LEITURA E ESCRITA NO EDUCAREDE: QUE DISCURSO É ESSE?Evandra Grigoletto (UPF)O presente trabalho propõe uma reflexão acerca do discurso que atravessa asnoções <strong>de</strong> leitura e escrita no site EducaRe<strong>de</strong>, um portal educativo, cujoobjetivo “é contribuir para a melhoria da qualida<strong>de</strong> da educação,estimulando a integração da Internet no cotidiano da escola pública epossibilitando a inclusão digital aos milhares <strong>de</strong> jovens que o freqüentam”.348

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