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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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possuir uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> homogênea, mas que em suas falas <strong>de</strong>nunciam aexistência <strong>de</strong> um sujeito hí<strong>br</strong>ido. Isso acontece tanto com pessoas quetiveram como língua materna o dialeto italiano e dizem saber separar umalíngua da outra no momento da fala, como com as pessoas que tiveram comolíngua materna a língua portuguesa e dizem que suas falas não têminfluência do dialeto italiano corrente na região. Pessoas que tiveram odialeto italiano como língua materna relatam a necessida<strong>de</strong> que tiveram <strong>de</strong><strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado sua língua por motivos históricos e sociais e, também, osentimento que possuem hoje em relação à própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Por outrolado, aqueles que tiveram a língua portuguesa como materna <strong>de</strong>screvem ointeresse que possuem pela língua que os cerca até hoje, por viverem emuma região <strong>de</strong> colonização italiana.O MIGRANTE CARIOCA NO SUL: QUESTÕES LINGÜÍSTICO-CULTURAISEster Dias <strong>de</strong> Barros (UNIPAMPA)Valesca Brasil Irala (UNIPAMPA)Por fazermos parte <strong>de</strong> um país com uma vasta diversida<strong>de</strong> lingüística ecultural, o objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa consiste em analisar questões <strong>de</strong>linguagem que envolvem migrantes no sul do país. O corpus utilizado paraa análise foram gravações feitas em áudio com cariocas migrantes na cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Bagé (cida<strong>de</strong> gaúcha próxima à fronteira com o Uruguai) on<strong>de</strong> atravésdos discursos dos falantes foram analisadas as suas marcas lingüísticas ei<strong>de</strong>ntitárias, a fim <strong>de</strong> comparar os dados <strong>de</strong>ssas entrevistas com os aportesteóricos <strong>de</strong> Coracini (2007a; 2007b), Irala (2005), Moita Lopes (2003), como objetivo <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como o falante se sente e se percebe quandoimerso numa outra região, on<strong>de</strong> em contato com um novo dialeto faz sentirseestrangeiro com relação ao dialeto do “outro”. O falante pertencente a um<strong>de</strong>terminado meio lingüístico, que por inúmeras razões necessita migrar-se,comporta-se <strong>de</strong> forma análoga ao que acontece em uma situação <strong>de</strong> luto,pois assumirá em sua constituição i<strong>de</strong>ntitária duas possibilida<strong>de</strong>s: ou acondição <strong>de</strong> permanecer velando o morto por tempo in<strong>de</strong>terminado ou a <strong>de</strong>enterrá-lo para sempre, sem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volta. No caso dos dadosanalisados, como predomina o caráter temporário da migração, a situaçãodominante indica a recorrência do primeiro caso.O ESTRANGEIRO HISPÂNICO EM DISCURSO: LUGAR DECONTRADIÇÕESJosiane da Silva Quintana Alves (UNIPAMPA)Valesca Brasil Irala (UNIPAMPA)Encontramo-nos em um mundo globalizado; com isso, a diversida<strong>de</strong> culturalque nos cerca tornou-se imensa. Assim sendo, <strong>de</strong>paramo-nos em nossascida<strong>de</strong>s com vários imigrantes – que no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, em particular,são representados <strong>de</strong> forma expressiva por aqueles que possuem o espanhol465

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