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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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diferenciação entre mãe e filho. Esse silêncio interior é a essência daalterida<strong>de</strong>. Ao prestar atenção à linguagem musical vinda da mãe, o bebê<strong>de</strong>scentraliza-se <strong>de</strong> si próprio. Ele sente, ao mesmo tempo, estaracompanhado pela sonorida<strong>de</strong> materna e entrar em contato com acompetência musical <strong>de</strong> seu gran<strong>de</strong> ouvido, co-construindo sua ritmicida<strong>de</strong>,sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se auto-regular, inaugurando assim, sua subjetivida<strong>de</strong>.Esse ritmo, sempre o acompanhará. Basta, no silêncio <strong>de</strong> seu EU, tersensibilida<strong>de</strong> e competência sonora, não só disponível para escutar a própriamúsica, mas para estar exposto a ela. O entrecruzamento rítmico inter etransgeracional <strong>de</strong> vozes presentes, passadas e futuras do enunciado materno,<strong>de</strong>scortinam uma página <strong>de</strong> pautas musicais para o EU-bebê escrever suaprópria partitura. Dedicar algumas linhas ao ritmo da palavra musicalizada,numa etapa inicial do <strong>de</strong>senvolvimento do sujeito, tem a intenção <strong>de</strong>contribuir, num espaço <strong>de</strong> reflexão, na importância da língua materna,literalmente falando, no processo <strong>de</strong> distanciamento/separação <strong>de</strong> L1 e naconseqüente aproximação/aquisição <strong>de</strong> L2.HÁ UM LUGAR PARA A SUBJETIVIDADE?Mariana Aparecida <strong>de</strong> Oliveira Ribeiro (FeUSP/Fapesp)Essa pesquisa intitulada em um primeiro momento <strong>de</strong> Percursos e Percalços:da voz do Outro à singularida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixava entrever em seu título algumaschaves <strong>de</strong> leitura do que acreditávamos ser essa investigação.Acompanharíamos um processo, para tanto o corpus escolhido foram trêsproduções <strong>de</strong> uma mesma informante, escritos em etapas diferentes <strong>de</strong> suaformação como pesquisadora: o relatório <strong>de</strong> Iniciação Científica, adissertação <strong>de</strong> mestrado e a tese <strong>de</strong> doutorado. Acompanhar um processosignificava visualizar a existência <strong>de</strong> duas etapas, a da pesquisadora <strong>de</strong> IC,que em seu primeiro contato com o texto acadêmico não consegue seposicionar subjetivamente e acaba por colar-se a voz do outro; e o queacreditávamos ser o momento final em que no doutorado encontraríamosuma posição subjetiva. Porém, os dados nos mostraram que essas etapas nãoeram tão nítidas, como suponhamos, e em uma análise dos dados nãoconseguimos verificar subjetivida<strong>de</strong> em um texto acadêmico. Por isso, o quepropomos para essa comunicação é verificar como a subjetivida<strong>de</strong> nãocomparece na escrita <strong>de</strong> um texto acadêmico, em que medida isso ocorre equais os recursos utilizados para não se posicionar subjetivamente. Nessesentido, retomaremos o conceito <strong>de</strong> discurso universitário (LACAN, 1968-1969) e algumas discussões a respeito da história da universida<strong>de</strong>.POLIFONIA E POLIRRITMIA VOCAL: A GLOSSOLALIA NACONSTITUIÇÃO SUBJETIVAMaurício Eugênio Maliska (UFSC)A glossolalia é comumente estudada num escopo cultural, fortementemarcada pelo cunho místico-religioso. Neste texto, tentaremos tomar a301

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