13.07.2015 Views

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Mesa 3 – Fonologia e MorfologiaO PLURAL EM DIMINUTIVOSLeda Bisol (PUCRS/CNPq)O diminutivo tem sido motivo <strong>de</strong> discussões em artigos diversos, em virtu<strong>de</strong><strong>de</strong> características que o distingue dos <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>rivativos, entre essas a <strong>de</strong>permitir vogal temática no interior da palavra, oferecendo argumentospara diferentes propostas <strong>de</strong> análise. Este texto, que se <strong>de</strong>tém no plural <strong>de</strong>diminutivos, situa-se entre os que o interpretam como <strong>de</strong>rivativo. A análiserealiza-se na linha da Teoria da Otimida<strong>de</strong>, contando com uma hierarquia <strong>de</strong>restrições em que interagem restrições <strong>de</strong> correspondência input e output,<strong>de</strong> alinhamento <strong>de</strong> níveis estruturais distintos e <strong>de</strong> marcação. Ao consi<strong>de</strong>rarque o diminutivo, -inho na subjacência, tem uma base morfológica, isto é,um nominal temático ou atemático, <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>m-se com naturalida<strong>de</strong> asaparentes irregularida<strong>de</strong>s do output, referentes ao plural.PROCESSOS DE MESCLAGEM VOCABULAR: UMA ANÁLISE DAINTERFACE MORFOLOGIA-FONOLOGIA PELA TEORIA DACORRESPONDÊNCIACarlos Alexandre Gonçalves (UFRJ/CNPq)Também chamado <strong>de</strong> palavra-valise (Alves, 1990), mistura (Sândalo, 2001),mescla lexical (Silveira, 2002) e portmanteau (Araújo, 2000), o cruzamentovocabular, doravante CV, é quase sempre <strong>de</strong>finido como um processo <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> palavras que consiste na fusão <strong>de</strong> duas bases, a exemplo do queocorre com ‘mautorista’ (junção <strong>de</strong> ‘mau’ com ‘motorista’, “motorista semperícia”) e ‘craquético’ (mistura <strong>de</strong> ‘craque’ com ‘caquético’, “craque compéssima aparência física, em geral ocasionada pelo consumo <strong>de</strong> drogas”).Apesar <strong>de</strong> relevância do fenômeno tanto para a análise <strong>de</strong> questõesfonológicas quanto para a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> aspectos morfológicos e semânticos,até a década passada o CV recebeu pouca atenção dos estudiososcontemporâneos <strong>de</strong> morfologia, merecendo não mais que menções em nota<strong>de</strong> rodapé. Nos últimos anos, o cruzamento vocabular vem per<strong>de</strong>ndo oenfoque marginal e constituindo objeto <strong>de</strong> investigação tanto <strong>de</strong>pesquisadores europeus (Piñeros, 2000) quanto norte-americanos (Quinnion,2002; Kemmer, 2003). Com base em diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> análise, taisautores <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que, nas línguas estudadas (espanhol, por Piñeros, e inglês,por Quinnion e Kemmer), o fenômeno <strong>de</strong> modo algum é idiossincrático,como preconiza a literatura morfológica, sendo consi<strong>de</strong>rado regular tantofonológica quanto semanticamente. Dando continuida<strong>de</strong> à investigação dofenômeno, pretendo mostrar que o CV é um processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>palavras que atua na interface morfologia-fonologia e, para tanto, analiso-ocom base na Teoria da Correspondência (McCarthy & Prince, 1995; Benua,1997). Diferentemente do que vinha propondo nos últimos estudos so<strong>br</strong>e ofenômeno (p. ex., Gonçalves, 2007), procuro mostrar que o termo39

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!