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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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disperso com as linhas <strong>de</strong> pesquisa saindo por tangentes diferentes, <strong>de</strong>ixandouma fusão cada vez menos provável. O foco particular <strong>de</strong>ssa apresentaçãotrata da relação entre os condicionais indicativos e subjuntivos, as suasconcepções nos fundamentos Lingüísticos – Filosóficos – Lógicos tantoquanto os seus diagnósticos mais superficiais, a saber, o papel <strong>de</strong> tempo easpecto no significado dos dois tipos <strong>de</strong> condicionais. Algumas questõesimportantes são levantadas com respeito a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma fusãoteórica, cujo propósito seria tratar tais fenômenos relacionados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>uma abordagem mais geral. Essas questões incluem: i) se o condicionalindicativo <strong>de</strong> linguagem natural é equivalente à implicação material lógica;ii) se as diferenças entre indicativos, subjuntivos e contrafactuais po<strong>de</strong>m seracomodadas <strong>de</strong>ntro da mesma abordagem; e iii) qual é o papel <strong>de</strong> tempo,aspecto e modo?PREDICADOS SECUNDÁRIOS DESCRITIVOS: UMA COMPLEXATEIA DE RELAÇÕES ENTRE SINTAXE, SEMÂNTICA E LÉXICOGa<strong>br</strong>iela Betania Hinrichs Conteratto (PUCRS)Neste trabalho, o objetivo principal é mostrar que a hipótese <strong>de</strong> que asparáfrases com o conectivo quando são as mais a<strong>de</strong>quadas para estruturascom predicado secundário <strong>de</strong>scritivo é limitada, ou até mesmo, inconsistente,pois o conectivo quando não dá conta <strong>de</strong> todas as implicações contidas narelação entre predicado primário e predicado secundário <strong>de</strong>scritivo (i.e.Paulo escreveu o relatório nervoso/ Paulo estava nervoso quando escreveu orelatório). Um dos primeiros estudos que discute a questão do conectivoquando como paráfrase perfeita para os predicados <strong>de</strong>scritivos é <strong>de</strong> Dowty(1972) (i.e. The girl married young/ The girl married when she was young).Ao assumir tal pressuposto, Dowty (1972) quer apontar simplesmente que osdois predicados compartilham o mesmo tempo e nada mais. No entanto, essaquestão não é tão simples quanto aparenta ser. O próprio autor se dá contadisso ao observar que, em termos <strong>de</strong> pressuposição, tais sentenças sãodiferentes: uma sentença com predicado secundário <strong>de</strong>scritivo somentevincula a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste, enquanto que uma sentença com conectivo quandopressupõe a verda<strong>de</strong> da when-clause. Aqui, argumenta-se que o predicado<strong>de</strong>scritivo, apesar <strong>de</strong> estar temporalmente relacionado com o predicadoprimário, não po<strong>de</strong> ser reduzido a isso, pois po<strong>de</strong> estabelecer relações <strong>de</strong>outras naturezas. Jackendoff (1990), por exemplo, afirma que a relação dopredicado secundário com o predicado primário parece ser do tipo <strong>de</strong><strong>de</strong>pendência mútua não específica que ele codifica como um modificador <strong>de</strong>acompanhamento. Para ele, o acompanhamento é um tipo <strong>de</strong> subordinaçãoque é assimétrica e que implica uma relação entre estruturas conceptuaisprincipais e subordinadas. Segundo Jackendoff, essa subordinação é mais doque uma conjunção, mas menos do que uma causação. Foltran (1999) eConteratto (2005) parecem não corroborar em parte tal afirmação, pois asautoras afirmam que, em alguns casos da língua portuguesa, a relação entrepredicado primário e secundário po<strong>de</strong> ser assumida como sendo <strong>de</strong> causa (i.e.162

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