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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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DE FALANTES NÃO ESCOLARIZADOS A FALANTES COMFORMAÇÃO SUPERIOR: UMA OBSERVAÇÃO DA REALIZAÇÃODO OBJETO DIRETO ANAFÓRICONiguelme Cardoso Arruda (CNPQ/UNESP-Araraquara)Alicerçado nos pressupostos teórico-metodológicos da SociolingüísticaVariacionista, este trabalho se propõe a verificar como se comportamlingüisticamente, em relação à realização do objeto direto (OD) anafórico, osfalantes do português <strong>br</strong>asileiro (PB). Nessa observação, os usuários doreferido sistema lingüístico serão consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um continuum quea<strong>br</strong>ange pessoas sem qualquer escolarida<strong>de</strong> a falantes com grau superior <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong>. Isso oferecerá uma base empírica para que este estudo discuta,ainda, a relação entre o que se tem consi<strong>de</strong>rado como PB culto e PB popular.Para tanto, enten<strong>de</strong>-se que, na medida em que o falante avança em seu grau<strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, um maior contato com o que se <strong>de</strong>nomina norma culta éestabelecido. A esse respeito, Matos e Silva (2004) afirma que a instruçãoescolar sistemática <strong>de</strong>ve ser o veículo mais eficiente e evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> difusão danorma culta. Será consi<strong>de</strong>rado, também, que um sistema lingüísticocontempla tanto uma norma popular como uma culta, <strong>de</strong>vendo, talvez, serementendidas, ambas, <strong>de</strong> forma plural, dado que se percebe tanto em uma comoem outra um continuum constituidor da variação, po<strong>de</strong>ndo esse caráter sersustentado pelo fato <strong>de</strong> que “as linhas que <strong>de</strong>limitam essas varieda<strong>de</strong>s,porém, são tão tênues que se entrecruzam” (PRETI, 2004, p. 14). Essapossível proximida<strong>de</strong> entre as normas, permite-nos supor que as diferençasquantitativas apresentadas pelos dados, so<strong>br</strong>etudo no que diz respeito ao uso<strong>de</strong> clíticos em função <strong>de</strong> OD, variante canonizada pela GramáticaTradicional – mecanismo normatizador do que se consi<strong>de</strong>ra norma padrão –,não se mostrarão tão acentuadas. Para tanto, serão consi<strong>de</strong>rados osresultados apresentados pelos estudos sincrônicos <strong>de</strong> Silva (2004), Matos(2005) e Arruda (2006). Esses estudos nos permitirão, ainda, verificar (ecomparar) como se comportam lingüisticamente falantes <strong>de</strong> diferentesregiões do país, uma vez que Silva (2004) <strong>de</strong>senvolve seus estudos tendocomo informantes pessoas que compõem uma comunida<strong>de</strong> baiana; Matos(2005) apresenta como informantes moradores <strong>de</strong> uma pequena cida<strong>de</strong>sergipana (esses dois estudos utilizam-se <strong>de</strong> informantes com pouca ounenhuma escolarida<strong>de</strong>); e Arruda (2006) tem seu estudo <strong>de</strong>senvolvido cominformantes com formação superior, uma vez que estrutura seu corpus apartir <strong>de</strong> inquéritos do projeto NURC (Norma Urbana Culta), modalida<strong>de</strong>DID (Diálogo entre informante e documentador), das cinco capitais por elecompreendidas.¨NÃO É QUE EU NÃO APROVE.¨Tatiana Schwochow Pimpão (UFSC)A regra variável, um dos pilares da teoria sociolingüística laboviana, precisaser eventualmente revisitada, especialmente com a extensão dos estudos290

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