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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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sujeito a percebe, por tanto a gramática tem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> favorecerdiferentes perspectivas representacionais <strong>de</strong> um mesmo fato “objetivo”. Elanão opera so<strong>br</strong>e as formas, senão so<strong>br</strong>e o significado com que o falanteutiliza essas formas. Uma gramática embasada nas normas e que <strong>de</strong>precie osaspectos da atuação, em termos gerativos, será incapaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>screvera<strong>de</strong>quadamente o funcionamento <strong>de</strong> uma língua. Salienta-se a importância<strong>de</strong> estimular uma compreensão cognitiva do significado gramatical. Emsuma, o enfoque cognitivo oferece uma filosofia prática que permite levar àsala <strong>de</strong> aula os aspectos formais , sem renunciar aos benefícios docomunicativismo clássico.“DIGAN LO QUE DIGAN” NO FAMOSO “POR QUÉ NO TECALLAS?, O PROBLEMA RESIDE NA FORMA DE TRATAMENTO.Lídia Beatriz Selmo Foti (UFPR)Este trabalho preten<strong>de</strong> analisar por que o <strong>br</strong>eve enunciado (discurso) emitidopelo Rei Juan Carlos I da Espanha, na Cúpula Ibero - americana, motivoutantos efeitos <strong>de</strong> sentido, implicações e respostas <strong>de</strong> seu interlocutor (opresi<strong>de</strong>nte da Venezuela, Chávez), assim como <strong>de</strong> outras autorida<strong>de</strong>s, meios<strong>de</strong> comunicação, jornais, e do público em geral. Acreditamos que a forma <strong>de</strong>tratamento utilizada pelo rei da Espanha teve um papel prepon<strong>de</strong>rante nesteinci<strong>de</strong>nte diplomático. As formas <strong>de</strong> tratamento condicionam um bomrelacionamento entre os “Interlocutores”. Porém, às vezes por vários fatores,são utilizadas ina<strong>de</strong>quadamente provocando problemas <strong>de</strong> comunicação, aoromperem com a expectativa do interlocutor que espera ser tratado <strong>de</strong> acordocom o protocolo ou a norma. O inci<strong>de</strong>nte diplomático <strong>de</strong> conhecimentopúblico, aconteceu no dia 10-11-2007, na Cúpula Ibero-Americana, quandoJuan Carlos I mandou que o presi<strong>de</strong>nte da Venezuela se calasse dizendo:“Por que no te callas?”. Para muitas pessoas que não falam espanhol areação foi a<strong>de</strong>quada, posto que Chávez não respeitava a or<strong>de</strong>m para falar einterrompia constantemente ao presi<strong>de</strong>nte do governo espanhol, Zapatero.Assim, o bolivariano estaria que<strong>br</strong>ando o protocolo <strong>de</strong>srespeitando estechefe <strong>de</strong> estado. Contudo, há aqui outro fator além do protocolo; olingüístico. Constatável na forma <strong>de</strong> tratamento utilizada quando o rei sedirigiu a Chávez, a forma <strong>de</strong> tratamento “Tú” utilizada pelo rei (o pronomereflexivo “te” <strong>de</strong> segunda pessoa informal) foi totalmente ina<strong>de</strong>quada portratar-se da reunião <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s. Assim, quando inesperadamente o reiproferiu a já famosa frase, utilizou um tratamento <strong>de</strong> cima para baixo (eixodo po<strong>de</strong>r), e não <strong>de</strong> entre iguais (eixo da solidarieda<strong>de</strong> entre iguais) emmo<strong>de</strong>lo nos termos <strong>de</strong> Brown & Gilman (1965).PROFESSORES DE INGLÊS EM FORMAÇÃO: ENSINO DELÍNGUA E DE GRAMÁTICALuciane Sturm (UPF)270

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