13.07.2015 Views

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

com o reconhecimento <strong>de</strong> estados epistêmicos dos interlocutores nas trocasconversacionais e <strong>de</strong> alguns princípios pragmáticos amplamente aceitos naliteratura especializada. O resultado é uma <strong>de</strong>scrição a<strong>de</strong>quada para casoscomo os apresentados em (4) e (5), bem como para casos <strong>de</strong> suspensão.Formalmente, a proposta faz uso <strong>de</strong> operadores epistêmicos, anteriormenteutilizados para <strong>de</strong>screver a projeção <strong>de</strong> pressuposições nas propostas <strong>de</strong>Gazdar(1979) e Soames (1982). Esses operadores, utilizados narepresentação <strong>de</strong> conteúdos supostos como compartilhados e <strong>de</strong> conteúdosdisponibilizados pela própria enunciação, permitem tornar explícito ocálculo inferencial que conduz, ao fim, à conclusão representada peloconteúdo tido como pressuposto. A proposta, no entanto, diferentemente doque se encontra nos autores que já fizeram uso <strong>de</strong>sses operadores, consi<strong>de</strong>rapressuposições como o resultado <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> passos inferenciais,passíveis <strong>de</strong> explicitação formal. Na apresentação da proposta, analisa-se ocomportamento <strong>de</strong> iterativos em enunciados com operador <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>.SOBRE A EXAUSTIVIDADE DAS ESTRUTURAS CLIVADASGa<strong>br</strong>iel Roisenberg (UFRGS/Capes)Sergio Menuzzi (UFRGS/CNPq)Parece ser consenso que as orações clivadas, no que diz respeito à estruturainformacional, são segmentadas em duas unida<strong>de</strong>s: o foco e a pressuposição(Prince 1978, Atlas & Levinson 1981, Kiss 1998, Lam<strong>br</strong>echt 2001, e.o.).Em particular, a literatura gerativista costuma caracterizar o foco envolvidonas clivadas como foco exaustivo (ou i<strong>de</strong>ntificacional), em oposição ao focoinformacional (Kiss 1998; em PB, Mioto & Negrão 2007). Segundo Kiss(1998: 245), o foco i<strong>de</strong>ntificacional “representa um subconjunto do conjunto<strong>de</strong> elementos dados contextualmente ou situacionalmente para os quais osintagma predicativo po<strong>de</strong> potencialmente valer; e é i<strong>de</strong>ntificado como osubconjunto exaustivo <strong>de</strong>sse conjunto para o qual o predicado se aplica <strong>de</strong>fato”. Assim, o constituinte clivado em (1a) abaixo é interpretado“exaustivamente”, i.é, não é possível que Maria tenha ficado com mais <strong>de</strong>um menino; já a continuação (1b), com foco informacional, é compatívelcom uma tal situação:(1) A Maria gostava <strong>de</strong> três guris – o João, o Pedro eo Marcelo – e...(a) foi com o JOÃO que ela ficou.(b) ela ficou com o JOÃO.Contudo, há problemas para explicar clivadas apenas em termos <strong>de</strong>“i<strong>de</strong>ntificação exaustiva”. Consi<strong>de</strong>re (2) abaixo: uma explicação possívelpara o contraste entre as continuações (2a) e (2b) é que a primeira é umaclivada (foco i<strong>de</strong>ntificacional, leitura exaustiva) e a segunda uma pseudoclivada(foco informacional, não exaustiva). Note que ambas exibem omesmo material pressuposicional:(2) A: (E nessa turma,) quem é que foi reprovado?215

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!