13.07.2015 Views

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

cognição, com base em corpus constituído <strong>de</strong> 236 ocorrências, extraídas <strong>de</strong>textos <strong>de</strong> diferentes períodos. Também essa análise permite a associaçãoentre construções perifrásticas e estruturas ExpS, limitando-a, todavia, àsclasses semânticas que ilustram a proprieda<strong>de</strong> afetado (Cançado 2002,2005). Contempla-se, ainda, a questão acerca do papel das construçõesperifrásticas (Madureira (2000, 2002). Dogliani (2007): se sua presença seassocia a predicadores ergativo-causativos, e se sua ocorrência reduz oespaço das construções verbais ergativas, é possível atribuir-lhes algumpapel no apagamento do pronome ergativo?A ALTERNÂNCIA MÉDIA NO PORTUGUÊS DO BRASILJuliana Pacheco (USP/Capes)Ana Paula Scher (USP)Este presente trabalho trata so<strong>br</strong>e a agentivida<strong>de</strong> na alternância <strong>de</strong>transitivida<strong>de</strong> conhecida na literatura como alternância média (Keyser &Roeper, 1984; Stroik 1992, 1999; Ackema & Schoorlemmer, 1994;Rodrigues, 1998), caracterizada, no PB, por sentenças como asexemplificadas em (1).(1a) Dissertação <strong>de</strong> mestrado não se escreve fácil.(1b) Documento confi<strong>de</strong>ncial não arquiva em qualquer lugar.Nota-se que essas sentenças carregam consigo particularida<strong>de</strong>s que asdistinguem <strong>de</strong> outras sentenças intransitivas do idioma, como: (i) o caráternão-episódico; (ii) a interpretação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>; (iii) a necessida<strong>de</strong> dapresença <strong>de</strong> um modificador e (iv) a interpretação <strong>de</strong> que há um agente oucausa implícita.Em relação ao agente implícito, a favor do qual diversos autores têmtrabalhado (Keyser & Roeper, 1984; Stroik 1992, 1999; Dikken & Sybesma,1998), o PB oferece dados bastante interessantes. Nessa língua, asconstruções médias (CM) po<strong>de</strong>m ser formadas com ou sem a presença doclítico SE. Esses dados apontam que existe um agente apenas nas sentençasem que o SE está presente. As sentenças nas quais há a ausência <strong>de</strong>sseclítico, o agente não é expresso sintaticamente, apesar <strong>de</strong> estarsemanticamente implícito. Dessa forma, tentamos respon<strong>de</strong>r a questão so<strong>br</strong>ecomo é possível que os falantes interpretem que médias possuem um agenteimplícito mesmo quando não há nenhum elemento sintaticamente ativofuncionando como tal.Trabalhando <strong>de</strong>ntro do arcabouço teórico da Morfologia Distribuída (Halle& Marantz, 1993), tivemos como ponto <strong>de</strong> partida para este estudo so<strong>br</strong>e aagentivida<strong>de</strong> nas sentenças médias do PB os apontamentos feitos porMarantz (1997) a respeito <strong>de</strong> certas nominalizações do inglês, nas quais oautor verifica que agentivida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> estar codificada na raiz verbal. A partir<strong>de</strong>ssa observação <strong>de</strong> Marantz, passamos a investigar se a intuição dosfalantes a respeito da agentivida<strong>de</strong> nas médias po<strong>de</strong> estar relacionada à raizenvolvida na construção e não à presença <strong>de</strong> um agente na estrutura.358

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!