13.07.2015 Views

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Mesa 3 – Abordagens Formais da Sintaxe e da SemânticaA INTERFACE COM O LÉXICOMaria José Foltran (UFPR/CNPq)Parece consensual que a gramática <strong>de</strong> uma língua é um sistema coerente <strong>de</strong>princípios que <strong>de</strong>termina a formação das sentenças <strong>de</strong> uma língua. Agramática terá, portanto, uma unida<strong>de</strong> básica que é a sentença. Essagramática <strong>de</strong>ve especificar quais são os componentes da sentença, como elesinteragem , em que or<strong>de</strong>m ocorrem, etc. Essa gramática não terá nada adizer a respeito <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s maiores que a sentença, tais como texto,discurso, etc, que são objeto <strong>de</strong> outro tipo <strong>de</strong> investigação. Terá, no entanto,que lidar muito, e cada vez mais, com as unida<strong>de</strong>s menores, como sintagmas,palavras, morfemas, etc. Esse tipo <strong>de</strong> investigação ganha força com a teoriagerativista, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os seus primeiros momentos. Embasada em princípios taiscomo o Critério Theta, Princípio <strong>de</strong> Projeção, e com o <strong>de</strong>senvolvimento dasteorias lexicalistas, essa investigação ganha contornos diferentes nomomento em que a estrutura argumental é reconhecida como um complexo<strong>de</strong> informações que está na base do comportamento sintático <strong>de</strong> um itemlexical. Assim, a semântica e a sintaxe precisam conversar. Este trabalhomostra como certas proprieda<strong>de</strong>s semânticas do item lexical, comogradualida<strong>de</strong>, tipo <strong>de</strong> evento, interferem na realização sintática <strong>de</strong> certosargumentos e na expressão <strong>de</strong> certas alternâncias.VARIAÇÃO SEMÂNTICA NA EXPRESSÃO DA SINGULARIDADEE DA PLURALIDADEAna Müller (USP-SP/CNPq)Este trabalho enfocará a contribuição do estudo das línguas indígenas<strong>br</strong>asileiras para a compreensão da amplitu<strong>de</strong> da variação semântica naslínguas naturais. Preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>bater a questão sob o enfoque teórico dasemântica lógica. Muitas das principais teorias lingüísticas atuais elaboraramsuas generalizações apoiadas principalmente em dados das línguas indoeuropéias.Dados <strong>de</strong> línguas pouco discutidas pela lingüística teórica po<strong>de</strong>mpor em questão fatos e enfoques estabelecidos e, ao mesmo tempo, fornecernovas perspectivas a esses enfoques.Entre os semanticistas lógicos, existem basicamente dois enfoques: (i) ahipótese <strong>de</strong> que a variação está localizada na sintaxe e a semântica <strong>de</strong> cadalíngua reflete com transparência sua estrutura sintática e (ii) a hipótese <strong>de</strong>uma semântica universal para todas as línguas. A primeira hipótese permiteuma gran<strong>de</strong> variação semântica (ver Partee 1995). Já a segunda hipóteseassume a hipótese nula <strong>de</strong> que não há variação lingüística na semântica daslínguas naturais. De acordo com essa visão, existem certas estruturassemânticas fundamentais que todas as línguas <strong>de</strong>vem partilhar (Chierchia1998 e Matthewson 2001). O trabalho discutirá a expressão das noções <strong>de</strong>singularida<strong>de</strong> e pluralida<strong>de</strong> nas línguas naturais, <strong>de</strong><strong>br</strong>uçando-se33

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!