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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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A DISTINÇÃO ENTRE ETIMOLOGIA E SEMÂNTICA PORMARCO TERÊNCIO VARRÃOGiovanna Mazzaro Valenza (UFPR)Marco Terêncio Varrão (116-27 a.C.), o primeiro gramático latino <strong>de</strong> quetemos conhecimento, expõe, em sua o<strong>br</strong>a So<strong>br</strong>e a língua latina, a diferençaentre etimologia e semântica. Nas palavras do autor, “aquela primeira parte,em que eles buscam o motivo e <strong>de</strong> on<strong>de</strong> surgem as palavras, os gregoschamam <strong>de</strong> ετυμολογίαν ‘etimologia’, a outra parte, que estuda para que ovocábulo é imposto, <strong>de</strong> περί σημαινομήνων ‘semântica’” (V, 2). Nestetrabalho pretendo apresentar a tradução dos parágrafos 1-13 do livro V, emque o autor <strong>de</strong>monstra clareza so<strong>br</strong>e a diferença entre origem e uso daspalavras, uma vez que separa os estudos etimológicos dos estudos dosignificado. Também será possível estabelecer relações entre a teoria dogramático latino com autores posteriores que tratam <strong>de</strong> diacronia e sincronia,como, por exemplo, Ferdinand <strong>de</strong> Saussure (1857-1913).DISSOI LOGOI: ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E VALORAÇÃOPARA A HISTÓRIA DAS IDÉIAS LINGÜÍSTICAS.Joseane Prezotto (PG – Letras, UFPR)O Dissoi Logoi é um tratado anônimo transmitido em a<strong>de</strong>ndo aos escritos <strong>de</strong>Sexto Empírico. A maioria dos estudiosos consi<strong>de</strong>ra legítima a interpretaçãoda passagem 1,8: “Na guerra (e falarei primeiro so<strong>br</strong>e os fatos maisrecentes), a vitória dos lace<strong>de</strong>mônios so<strong>br</strong>e os atenienses e aliados...”, comouma alusão à guerra do Peloponeso e concluem que a data <strong>de</strong> composição doescrito <strong>de</strong>va ser situada por volta do ano 404 a.C. Corrobora esta datação ofato <strong>de</strong> todas as alusões e citações serem <strong>de</strong> autores e personagens anterioresa este ano. A questão da datação é relevante pois, consi<strong>de</strong>rando ser este operíodo <strong>de</strong> composição do tratado e atentando para os temas ali abordados eà estrutura do mesmo, conclui-se estarmos diante <strong>de</strong> um escrito oriundo domovimento sofista pré-platônico e assim, sendo ele uma via direta <strong>de</strong> acessoao pensamento sofista, uma fonte in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, po<strong>de</strong>remos contrapô-lo àvisão ten<strong>de</strong>nciosa legada por Platão e Aristóteles e com isso estarmos emcondições <strong>de</strong> julgar mais objetivamente este período. Este texto seria ummo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> construção refletindo uma prática sofística da qual se encontraum exemplo também nas Antilogiai <strong>de</strong> Protágoras; este mo<strong>de</strong>lo constitui-seda oposição <strong>de</strong> duas teses diferentes acerca <strong>de</strong> um mesmo tema. Platãomesmo teria empregado este mo<strong>de</strong>lo para a estrutura da refutação socrática.A finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha comunicação é apresentar a análise e interpretação<strong>de</strong>ste texto advindas do estudo <strong>de</strong> seu contexto gerador, trazendoinformações históricas e/ou filosóficas que permitam caracterizá-lo enquantoprodução sofística. Esta caracterização possibilita expôr sua estrutura eargumentos com vistas à compreensão das questões tratadas e <strong>de</strong> suaimportância no momento em que foram levantadas e a problemáticasuscitada por elas. Tais questões, além do interesse histórico e filosófico, são404

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