13.07.2015 Views

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

não-p. Consi<strong>de</strong>ra-se que a aceitação da contrafactualida<strong>de</strong> está relacionada àexpressão do estado epistêmico do falante: enquanto ‘po<strong>de</strong>’ expressa que ofalante não sabe.; ‘podia’ é “neutro”: aceita tanto um contexto em que ofalante sabe positivamente, quanto um em que é ignorante.A conclusão é : ‘po<strong>de</strong>’ expressa possibilida<strong>de</strong> no presente, e ‘podia’expressa possibilida<strong>de</strong> no passado ou no presente. É “neutro”.Sintaticamente, enquanto ‘po<strong>de</strong>’ apresenta projeção <strong>de</strong> tempo, ‘podia’ é nãomarcado:(8) # João po<strong>de</strong> ter casado, mas não casou.(9) João podia ter casado, mas não casou.Essas diferenças levam a concluir que ‘po<strong>de</strong>’ e ‘podia’ são sintática esemanticamente distintos. O final aponta para uma harmonia das diferenças.QUANTIFICADORES DE JULGAMENTO DE VALOR: PARA UMAANÁLISE UNIFICADAMárcio Renato Guimarães (UFPR)O <strong>de</strong>safio que este trabalho se propõe é o do tratamento unificado dasexpressões <strong>de</strong> julgamento <strong>de</strong> valor (value judgment), em todos os seuscontextos sintáticos <strong>de</strong> ocorrência, fundamentado em uma teoria semântica<strong>de</strong> condições <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. Propostas <strong>de</strong> formalização <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> expressãoforam feitas para suas ocorrências como <strong>de</strong>terminantes – nomeadamente o<strong>de</strong>terminante many, do inglês. Ocorre que, ao menos em português,expressões como muito, pouco, <strong>de</strong>mais e bastante figuram em maiscontextos sintáticos do que como <strong>de</strong>terminantes, e mesmo em suasocorrências como <strong>de</strong>terminantes não se restringem à <strong>de</strong>notação <strong>de</strong>quantida<strong>de</strong>s plurais contáveis (moleculares). Assim que não é possívelefetuar a simples transposição da avaliação <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> representadanessas análises para outras “escalas” <strong>de</strong> quantificação, ainda queintuitivamente a relação <strong>de</strong>notada pelas expressões <strong>de</strong> julgamento <strong>de</strong> valordo português seja essencialmente a mesma.A SINTAXE DOS VERBOS AUXILIARES DE COMPLEMENTAÇÃONÃO IMEDIATAMarcus Vinicius da Silva Lunguinho (USP)Nesse trabalho, trato da sintaxe <strong>de</strong> uma classe <strong>de</strong> verbos auxiliares que<strong>de</strong>nomino auxiliares <strong>de</strong> complementação não imediata, cujos representantestípicos são os auxiliares aspectuais (começar a, terminar <strong>de</strong>, viver a, estarpor entre outros) e o auxiliar modal ter que / ter <strong>de</strong>. Esses auxiliares têm emcomum o fato <strong>de</strong> apresentarem a estrutura V auxiliar + XP + V infinitivo , estruturaessa em que a relação do auxiliar com o infinitivo é mediada por uma outrapalavra, que po<strong>de</strong> ser, em termos tradicionais, uma preposição (a, <strong>de</strong>, porentre outras) ou que, uma conjunção. O trabalho tem por objetivo maior208

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!