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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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palatalização das oclusivas alveolares, numa pequena cida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong>do Sul fundada por imigrantes italianos no final do século XIX, AntônioPrado, fornecerá elementos para a reflexão.É <strong>de</strong> 30% a freqüência <strong>de</strong> aplicação da palatalização no português falado emAntônio Prado, um índice mo<strong>de</strong>rado se comparado ao <strong>de</strong> outros falares<strong>br</strong>asileiros (HORA, 1990; BISOL, 1991; ALMEIDA, 2000; PAGOTTO,2001; ABAURRE e PAGOTTO, 2002; KAMIANECKY, 2002; PIRES,2003; PAULA, 2006; BATTISTI, DORNELLES FILHO, LUCAS e BOVO,2007). Além da análise <strong>de</strong> regra variável, realizou-se análise da re<strong>de</strong> socialdos informantes (MILROY, 1980; MILROY e MILROY, 1992) e <strong>de</strong>variação lingüística como prática social (ECKERT, 2000), o que permitiuverificar que a palatalização, apesar <strong>de</strong> condicionada pelos jovens, mostrasinais <strong>de</strong> estabilização na comunida<strong>de</strong> em índices mo<strong>de</strong>stos. A relação emre<strong>de</strong> entre os informantes reforça o emprego da alternante mais conservadora,a forma não-palatalizada, e a observação <strong>de</strong> práticas sociais dos jovensrevelou uma atitu<strong>de</strong> positiva em relação à comunida<strong>de</strong>, o que explica seupapel introdutor da regra <strong>de</strong> um lado, mas seu fraco papel difusor <strong>de</strong> outro.Além <strong>de</strong> permitir afirmar que a palatalização não é mudança em progressona comunida<strong>de</strong>, a articulação das análises possibilitou explicitar a ação docontexto social, enquanto fatos sociais, so<strong>br</strong>e o indivíduo e seus hábitos <strong>de</strong>fala, ao potencializar manifestações variáveis, ou ao refreá-las.ANÁLISE GRAMATICAL EM CONTEXTO: QUAL CONTEXTO?Tarcísio Leite (USP)De maneira geral, estudos so<strong>br</strong>e gramática e estudos so<strong>br</strong>e dimensões sociaisda linguagem são abordados e discutidos separadamente: ou se focaliza alíngua como um sistema abstrato, ou se focaliza a significação social dodiscurso para os seus usuários. Contudo, sob a perspectiva <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>estudo da linguagem que emergiram no campo das ciências sociais (porexemplo, a análise da conversa <strong>de</strong> base etnometodológica e a antropologialingüística, entre outras), a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abordar a linguagem como umsistema abstrato analisável <strong>de</strong> maneira in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos contextos <strong>de</strong>interação que lhe dão vida tem sido questionada. A presente comunicaçãoirá reportar um estudo centrado na segmentação da Língua <strong>de</strong> SinaisBrasileira (LIBRAS) em unida<strong>de</strong>s gramaticais que foi realizado com oesforço particular <strong>de</strong> não <strong>de</strong>svincular a gramática sob análise <strong>de</strong> seu contextointeracional. Com o intuito <strong>de</strong> levantar questões relevantes para o tema damesa, a comunicação irá apresentar e problematizar as <strong>de</strong>cisões tomadasneste estudo, trazendo alguns questionamentos so<strong>br</strong>e a noção <strong>de</strong> “unida<strong>de</strong>lingüística” e <strong>de</strong> “ação social, bem como so<strong>br</strong>e que nível e que tipo <strong>de</strong>participação na interação po<strong>de</strong>/<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado como “contexto”socialmente relevante para as análises gramaticais.38

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