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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um vocábulo. Os resultados foram então comparados comtrabalhos anteriores a respeito da produção <strong>de</strong>ssas vogais no português<strong>br</strong>asileiro (Sousa 1994; Seara 2000). Os resultados também foramcomparados com o estudo <strong>de</strong> Gregio (2006) a respeito da configuraçãosupra-glótica das vogais do português <strong>br</strong>asileiro via imagens <strong>de</strong> ressonânciamagnética. De modo geral, os resultados do meu experimento não seapresentaram muito diferentes dos trabalhos anteriores. Foi i<strong>de</strong>ntificada umaredução no valor <strong>de</strong> F1 para a vogal [aN], <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> sua articulaçãoser feita com a mandíbula mais elevada que sua contraparte oral. Foi<strong>de</strong>tectada também uma tendência <strong>de</strong> elevação dos valores <strong>de</strong> F2 para a vogal[iN], e em alguns casos para [aN], e <strong>de</strong> redução <strong>de</strong>sse formantes para [uN]quando comparadas com suas respectivas contrapartes orais, com algumasexceções. A hipótese <strong>de</strong> que tais variações <strong>de</strong> F2 se <strong>de</strong>vem a mano<strong>br</strong>asarticulatórias realizadas pela língua durante a produção <strong>de</strong>ssas vogais – e nãosomente a um efeito acústico <strong>de</strong> so<strong>br</strong>eposição da nasalida<strong>de</strong> a essas vogais –é reforçada pelo trabalho <strong>de</strong> Gregio (2006). Além disso, para os doisinformantes do experimento, um formante nasal em torno 1000Hz foii<strong>de</strong>ntificado para as vogais [iN] e [uN], e outro, em torno <strong>de</strong> 240Hz, para avogal [aN]. Com relação à duração, as vogais nasais se mostraram, como eraesperado, mais longas que suas vogais orais correspon<strong>de</strong>ntes.FonologiaA LIGAÇÃO FONOLÓGICA DOS CLÍTICOS PRONOMINAIS NAVARIEDADE BRASILEIRA DO PORTUGUÊSCristina Márcia Monteiro <strong>de</strong> Lima Corrêa (UFRJ)Compõe um fenômeno variável a ligação fonológica dos clíticospronominais, pois o pronome po<strong>de</strong> se ligar prosodicamente à direita ou àesquerda <strong>de</strong> seu hospe<strong>de</strong>iro fonológico. O trabalho objetiva <strong>de</strong>screver asistematicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa variação na varieda<strong>de</strong> <strong>br</strong>asileira do Português.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta pesquisa é justificado pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seaveriguar a hipótese <strong>de</strong> que a forma não-marcada no Brasil seria a ligação dopronome à direita. Para isso, <strong>de</strong>finiram-se os parâmetros acústicoscaracterizadores dos pronomes átonos, a fim <strong>de</strong> compará-los com as sílabasátonas vocabulares, pois pronomes átonos e sílabas átonas vocabularesapresentariam semelhanças acústicas. Frases que formam possíveis pareshomônimos (ex.: me nino e menino) foram gravadas, <strong>de</strong> modo que as sílabasátonas do vocábulo formal fossem comparadas às dos pronomes. A partir<strong>de</strong>sse “corpus”, mediram-se os parâmetros <strong>de</strong> duração, intensida<strong>de</strong> efreqüência fundamental. Finalmente, quantificaram-se e analisaram-se osresultados. O estudo fundamentou-se nos preceitos <strong>de</strong> cliticização propostospor Klavans (1985), so<strong>br</strong>etudo no fato <strong>de</strong> que o clítico po<strong>de</strong> ocorrerproclítico ou enclítico ao hospe<strong>de</strong>iro fonológico, que nem sempre coinci<strong>de</strong>com o hospe<strong>de</strong>iro sintático. Além disso, foi <strong>de</strong> suma importância a o<strong>br</strong>a <strong>de</strong>Vieira (2002), cuja análise se centra na interface prosódia-morfossintaxe dos435

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