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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Outro, enquanto objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, em sua dupla dimensão: lugar dosimbólico e do semelhante, pólo da relação imaginária.MENTIRA E PROSÓDIA: MARCAS DA SUBJETIVIDADEClóris Maria Freire Dorow (UCPEL, CEFETRS)Mentir ou dizer a verda<strong>de</strong>? Eis a questão! Parodiando Shakespeare, diria queesta também é uma das questões fundamentais que permeia a vida dahumanida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o homem começou a utilizar o pensamento pararesolver suas questões culturais e sociais. Para Nietzsche, a verda<strong>de</strong> é umamentira construída para tornar mais estável e racional a vida do homem,aliando o que é verda<strong>de</strong>iro com aquilo que po<strong>de</strong> ser mostrado, conceituado.Segundo ele, buscar um princípio no que é racional não traz ao homemnenhum prazer, por isso, inconscientemente, o homem mente e através <strong>de</strong>sseesquecimento ele encontra o sentimento da verda<strong>de</strong>, usando a abstração enão a razão. O homem liga a “verda<strong>de</strong>” a conceitos, a concretu<strong>de</strong>,esquecendo <strong>de</strong> perceber a metáfora, a representação que ele mesmo crioupara as coisas e que po<strong>de</strong> refletir vários significados e não apenas umsignificado, o que tolhe o “real”, que só é <strong>de</strong>scoberto se o homem retirar ovéu da razão, dos limites, que ele mesmo criou para tornar seu mundo maisestável, mais palpável, mais fácil <strong>de</strong> ser controlado. O que se preten<strong>de</strong>, pois,neste trabalho, que tem como base a Análise <strong>de</strong> Discurso francesa, éanalisar a mentira sob a ótica <strong>de</strong> filósofos, psicanalistas até chegar aoDiscurso <strong>de</strong> Direito, principalmente aquele que é colocado em prática emum tribunal do júri. E é no discurso jurídico que se preten<strong>de</strong> analisar marcasprosódicas que <strong>de</strong>notam a subjetivida<strong>de</strong> e direcionam para uma “outraverda<strong>de</strong>”.“OLHO MUITO TEMPO O CORPO DE UM POEMA”: AREFLEXÃO SOBRE A LINGUAGEM NO DISCURSO POÉTICO DEANA C.Janaina Cardoso Brum (UCPel)O discurso poético é visto constantemente como locus privilegiado <strong>de</strong>reflexão so<strong>br</strong>e a linguagem, não sendo poucos(as) os(as) poetas que colocama preocupação com os modos <strong>de</strong> significar como tema central <strong>de</strong> suas o<strong>br</strong>as.O trabalho com a linguagem neste espaço gera inquietações várias em tornodas relações entre a linguagem e os objetos do mundo. A correspondênciaentre palavra e coisa é freqüentemente questionada e, mais do que umainquietação so<strong>br</strong>e a representação através da linguagem no momento daescritura, torna-se o cerne do trabalho poético. A <strong>br</strong>asileira Ana CristinaCésar coloca-se como uma <strong>de</strong>ntre as(os) poetas que pensam essa relação <strong>de</strong>modo que a reflexão so<strong>br</strong>e a linguagem se torna muitas vezes o foco <strong>de</strong> seutrabalho artístico. Sua persistência em pensar a linguagem na sua relaçãocom o sujeito e, conseqüentemente, em sua opacida<strong>de</strong> constitutiva, mesmoque não esteja assim expressa em seus escritos, faz <strong>de</strong> sua o<strong>br</strong>a um lugar299

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