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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Parkinson, como as vê a literatura biomédica, as hesitações em enunciadosfalados <strong>de</strong> sujeitos parkinsonianos apontam, também, para processoscomplexos da linguagem que esses sujeitos ainda preservam (em maior oumenor condição), mesmo com as dificulda<strong>de</strong>s que a doença lhes impõe.UMA ANÁLISE BAKHTINIANA EM ‘Ó, PAÍ, Ó: O SIGNO NEGRO’Sa<strong>br</strong>ine Amaral Martins (UCPEL)Segundo dados do IBGE, 6,3 % da população se auto<strong>de</strong>claram pretos e43,2% pardos, totalizando 80 milhões <strong>de</strong> <strong>br</strong>asileiros. Quando se analisa sobo viés dos estudos genéticos, percebe-se que 86% das pessoas possuemalgum grau <strong>de</strong> ascendência africana. Embora estes sejam números bastanteexpressivos, o país ainda apresenta um quadro <strong>de</strong> preconceito racial nasocieda<strong>de</strong>. Um dos meios <strong>de</strong> consagrar ou excluir <strong>de</strong>terminadas i<strong>de</strong>ologiascomo essa é o cinema. No filme Ó, Paí, Ó, <strong>de</strong> Monique Gar<strong>de</strong>nberg, aosuscitar <strong>de</strong>terminados signos, a personagem Boca, interpretada por WagnerMoura, expõe seu preconceito em relação à personagem negra Roque, <strong>de</strong>Lázaro Ramos. Em ambos os contextos, diversos signos são proferidos comefeito <strong>de</strong> sentido pejorativo; todavia, o signo negro, emitido por ambas aspersonagens, ganhou atenção <strong>de</strong>vido às diferenças temáticas nas diversasenunciações. Por isso, tornou-se foco da análise que se segue. Para tal, seráutilizada a teoria <strong>de</strong> Mikhail Bakhtin, já que, para este autor, a palavra estásempre carregada <strong>de</strong> um conteúdo ou <strong>de</strong> um sentido i<strong>de</strong>ológico ou vivencial(Bakhtin, 1929, p.95), portanto, expressa um acento <strong>de</strong> valor. Ressalta-seainda que essa mesma palavra é tanto social como histórica (Faraco, 2003,p.47), bem como é totalmente <strong>de</strong>terminada por seu contexto (Bakhtin, 1929,p.106). Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo analisar opercurso do signo negro e suas possíveis interfaces nas falas das duaspersonagens – Boca e Roque – em duas cenas do filme Ó, Pai, Ó,consi<strong>de</strong>rando a circulação temática que po<strong>de</strong> ser assumida por tal signo epelas interfaces em cada etapa enunciativa. Da mesma maneira, ainda osefeitos <strong>de</strong> sentido adquiridos mediante o contexto, bem como pelacontribuição dos signos “negro”, “cão”, <strong>de</strong>ntre outros, para a formação dai<strong>de</strong>ologia discriminatória do racismo. Por último, visa-se compreen<strong>de</strong>r comoos diferentes signos, através do acento <strong>de</strong> valor, acentuam os preconceitosraciais nas cenas do filme. Por conseguinte, este trabalho justifica-se pelasreflexões que po<strong>de</strong>m ser relevantes para enten<strong>de</strong>r os conflitos históricos<strong>br</strong>asileiros e suas conseqüências para a socieda<strong>de</strong> contemporânea.OPERADORES ARGUMENTATIVOS: INDÍCIOS DE POLIFONIAEM ENTREVISTAS DA REVISTA CULTVanessa Raini <strong>de</strong> Santana (UNIOESTE, Cascavel)Aparecida Feola Sella (UNIOESTE, Cascavel)Ao se elaborar <strong>de</strong>terminado enunciado, há sempre a preocupação com osentido que o interlocutor <strong>de</strong>sse enunciado po<strong>de</strong> lhe atribuir. É possível,425

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