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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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eficaz, capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>codificar qualquer sistema <strong>de</strong> escrita estudados econhecidos. A imagem cere<strong>br</strong>al nos mostra entre o leitor adulto que emtodos os indivíduos, em todas as culturas do mundo, a mesma regiãocere<strong>br</strong>al, com diferenças mínimas <strong>de</strong> milímetros, intervém para <strong>de</strong>codificaras palavras escritas. Essa região é chamada <strong>de</strong> região occipto temporalesquerda, sendo então consi<strong>de</strong>rada a área cere<strong>br</strong>al responsável peloprocessamento da palavra escrita. O autor assevera que nosso cére<strong>br</strong>o é umórgão estruturado que faz o novo com o velho. Por isso, para apren<strong>de</strong>r novascompetências, reciclamos nossos antigos circuitos cere<strong>br</strong>ais na medida emque permitem um mínimo <strong>de</strong> mudança. Muito antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar e <strong>de</strong> analisaras letras e as palavras, os neurônios foram se especializando noreconhecimento dos objetos. O sistema visual <strong>de</strong> todos os primatas foi-seadaptando a <strong>de</strong>terminadas regularida<strong>de</strong>s presentes no ambiente por via <strong>de</strong>neurônios altamente especializados no seu próprio reconhecimento. Portantopo<strong>de</strong>-se inferir que aqueles que conceberam os diversos sistemas <strong>de</strong> escritafizeram-no através <strong>de</strong> uma vagarosa simplificação, com o intuito <strong>de</strong> obterformas minimalistas das respectivas letras, muito mais ajustadas ao nossosistema nervoso e muito mais simples <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar. Olhando na perspectivada aprendizagem da criança, o que acontece é que o “aprendiz <strong>de</strong> leitor”<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia todo um mecanismo <strong>de</strong> reciclagem funcional, <strong>de</strong> uma parte <strong>de</strong>neurônios relacionados ao sistema visual, e potencia a sua especialização,precisamente, para a leitura. Assim, o tratamento da escrita começa no olho.Somente o centro <strong>de</strong> nossa retina, chamado <strong>de</strong> fóvea, possui uma resoluçãosuficientemente elevada para reconhecer os <strong>de</strong>talhes das letras. A ativaçãocere<strong>br</strong>al vai, pouco a pouco, focalizando-se so<strong>br</strong>e a região occipto temporalesquerda, assumindo-se, assim, como um autêntico marco biológico daaprendizagem da leitura.O trabalho <strong>de</strong> Stanislas Dehaene fornece alguns pontos que direcionam ofato <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>rmos ignorar a complexida<strong>de</strong> das operações <strong>de</strong> que nossocére<strong>br</strong>o lança mão para ler e que “compreen<strong>de</strong>r melhor o órgão que nos fazler, transmitir melhor a nossas crianças esta invenção preciosa que é a leitura,tornar estes conhecimentos úteis para o maior número <strong>de</strong> pessoas, estes sãoos <strong>de</strong>safios para o futuro”.CONSTRUÇÕES GRAMATICAIS E GERENCIAMENTODISCURSIVO: O CASO DAS NÃO-FINITAS PARTICIPAISMaraisa Magalhães Arsénio (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa)Este trabalho investiga as construções participais em posição pré-nuclear noPortuguês do Brasil sob a ótica da Linguística Cognitiva. Baseado nostrabalhos <strong>de</strong> Fauconnier (1994,1997) Fauconnier & Sweetser(1996), Chafe(1994), Golberg (19995), Langacker (1985,1991) e Ferrari (1999), a presentecomunicação lança luz so<strong>br</strong>e as especificida<strong>de</strong>s sintático-semânticas dasConstruções Participais. Primeiramente, parte-se do pressuposto <strong>de</strong> que taisconstruções são pareamentos únicos <strong>de</strong> forma e significado nos termospropostos por Langacker (1987) e Golberg (1995). Desta forma, estas327

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