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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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Benveniste, Bakhtin, Ducrot, entre outros –; vê-se, então, um conjunto quese <strong>de</strong>signou como teorias da enunciação. Há também o<strong>br</strong>as em que apareceo sintagma lingüística da enunciação, como no caso dos livros <strong>de</strong> M. Lahud(A propósito da noção <strong>de</strong> dêixis) e F. Dosse (História do Estruturalismo,volume II), para citar duas apenas. Assim, consi<strong>de</strong>rando essas três<strong>de</strong>nominações, cabe indagar se elas todas fazem referência ao mesmodomínio ou são usadas diferentemente, <strong>de</strong> acordo com <strong>de</strong>terminado autor outeoria. É nesse sentido que este trabalho procura fazer um apanhado <strong>de</strong>algumas o<strong>br</strong>as da área para verificar como, quando e on<strong>de</strong> elas são citadas,tomando como recorte as citações feitas em diferentes décadas, a partir <strong>de</strong>1970, ano em que a publicação do texto O aparelho formal da enunciaçãoencontra “eco” na Lingüística mo<strong>de</strong>rna.COMO OS “MODIFICADORES” MODIFICAM O SENTIDO DODISCURSOCristiane Dall Cortivo (PUCRS/CNPq)Marcela Cristiane Nesello (PUCRS/CAPES)Este trabalho tem como objetivo estudar o sentido construído no discursopelo uso dos “modificadores”, <strong>de</strong>nominação dada por Oswald Ducrot eMarion Carel, em sua Teoria dos Blocos Semânticos, a <strong>de</strong>terminadaspalavras que atuam so<strong>br</strong>e a força argumentativa <strong>de</strong> outras, com as quais serelacionam. A Teoria dos Blocos Semânticos inscreve-se no âmbito daSemântica Lingüística, trazendo a idéia <strong>de</strong> um estudo do sentido contido nalíngua em uso, sentido esse que é puramente argumentativo e quefundamenta a tese que constitui o centro da investigação: a <strong>de</strong> que aargumentação está na língua, ou seja, ser argumentativa faz parte da naturezada linguagem. Em sua investigação, Ducrot e Carel colocam a sua idéia <strong>de</strong>semântica como uma semântica sintagmática, aquela que calcula o sentidodo enunciado levando em consi<strong>de</strong>ração a relação entre as palavras que ocompõem, e não apenas isso, mas também o fato <strong>de</strong> ser produto <strong>de</strong> umaenunciação. Esse tipo <strong>de</strong> estudo semântico opõe-se a outros por consi<strong>de</strong>rar,primeiramente, as palavras que constituem o enunciado umas em relação àsoutras, não <strong>de</strong> forma matemática, como uma soma <strong>de</strong> seus significados, mascomo uma combinação <strong>de</strong> palavras escolhidas por um locutor que, <strong>de</strong>ssaforma, constrói um sentido particular tendo em vista a posição que <strong>de</strong>sejaexpressar diante <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado fato. Ainda para os autores, o sentido <strong>de</strong>uma entida<strong>de</strong> lingüística está constituído pela sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evocardiscursos, ou, ainda, <strong>de</strong> modificar discursos com os quais se relaciona, sendoque os discursos consi<strong>de</strong>rados para estudo são os chamados enca<strong>de</strong>amentosargumentativos, constituídos por dois segmentos relacionados através <strong>de</strong> umconector. A fim <strong>de</strong> realizar um estudo mais <strong>de</strong>talhado das palavras da língua,Ducrot (2002) propõe a classificação <strong>de</strong>ssas palavras em palavras lexicais,que são aquelas que possuem uma argumentação interna – AI e umaargumentação externa – AE (AI e AE são enca<strong>de</strong>amentos evocados pelapalavra em análise), e palavras instrumentais, que são aquelas as quais não é174

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