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Caderno de Resumos - Celsul.org.br

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quem ou (o) que (Não vimos o porteiro na entrada > Não vimos quem?). Emrelação aos traços semânticos, animado (O caçador acertou a raposa),concreto (Ele a<strong>br</strong>iu a porta) e humano (A<strong>br</strong>açou a filha). Do ponto <strong>de</strong> vistametodológico, optamos por analisar todas as sentenças presentes nos textos,transcrevendo-as em uma planilha e, após a classificação, levantar ospercentuais <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong> cada traço da matriz. A discussão gira em tornodo protótipo alcançado em contraste com o que prevê a norma gramatical.Por ora, foram analisados 10 textos e, preliminarmente, os resultadosapontam para as seguintes características predominantes da função <strong>de</strong> objetodireto: substantivo simples, pronome oblíquo (características morfológicas),apassivação, substituição pronominal, retomada por quem ou o que(características sintáticas) e concreto (característica semântica).SENTENÇAS CLIVADAS E PSEUDO-CLIVADAS DO PORTUGUÊSBRASILEIRO E DO JAPONÊSJulia Orie Yamamoto (UFSC)Este estudo trata do processo sintático <strong>de</strong> focalizar um constituinte em umasentença (clivagem) e envolve comparação entre o português <strong>br</strong>asileiro (PB)e o japonês (JP). Tem-se como objetivo apresentar, com base na TeoriaGerativa, a distinção dos dois tipos <strong>de</strong> sentenças que o processo <strong>de</strong> clivagemproduz: as chamadas clivadas e as pseudo-clivadas. A comparação entre oPB e o JP reforça argumentos presentes na literatura so<strong>br</strong>e essa distinção, apartir da diferença <strong>de</strong> preenchimento do CP encaixado, na periferia esquerdada sentença. As clivadas <strong>de</strong>stacam o foco entre uma cópula e umcomplementizador - que no PB, e, no no JP. Enquanto isso, as pseudoclivadastêm uma expressão Wh encabeçando o CP (oração relativa naposição inicial). Enten<strong>de</strong>-se, portanto, que as clivadas do PB apresentamestrutura conforme (1.a), e as do JP a estrutura conforme (1.b), cujo foco nãoapresenta morfologia marcadora <strong>de</strong> caso. E, no que se refere às pseudoclivadas,o PB apresenta estrutura conforme (2.a), e o JP apresentará, alémda ausência da morfologia <strong>de</strong> caso do elemento focalizado, uma sentençacomo em (2.b):a. Foi maçã que Marcos comeu.b. [Marcos-ga tabeta no]-wa ringo-ø (da).( [Marcos-NOM comeu C ]-TOP maçã-ø COP )(2) a. O que Marcos comeu foi maçã.b. [Marcos-ga tabeta mono ] - wa ringo-ø (da).( [Marcos-NOM comeu PRON.REL-COISA]-TOP maçã-ø COP )Enten<strong>de</strong>-se portanto, que a proprieda<strong>de</strong> do CP das pseudo-clivadas permiteconsi<strong>de</strong>rar tal sentença como um tipo <strong>de</strong> relativa, fato que não ocorre com asclivadas.461

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