13.07.2015 Views

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

Caderno de Resumos - Celsul.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

glossolalia não como um fenômeno <strong>de</strong> cunho religioso ou cultural, mascomo uma manifestação vocal, <strong>de</strong>monstrando a sua polifonia e polirritmiapresente em cada vocalização. Trata-se <strong>de</strong> entendê-la como um fenômenovocal constituinte da subjetivida<strong>de</strong>, na medida em que ela é umamanifestação da própria voz, enquanto articulação entre som e ritmo. Emoutras palavras, a voz é glossolálica; o sujeito, no seu balbucio vocal, emanauma enunciação sem enunciado, vocaliza na sua fala algo que não é discurso,algo que não está atrelado ao sentido e sim ao puro som e ritmo, elementosesses que são centrais na glossolalia da voz. A glossolalia é a que<strong>br</strong>a dosentido para a emergência da voz enquanto corpo, ou melhor, um pedaço <strong>de</strong>corpo que <strong>de</strong>le se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong> para ganhar o não sentido do som. A apostafundamental é que a glossolalia é um fenômeno vocal que todo sujeitoexperimenta na constituição subjetiva e, ao mesmo tempo, sente essapolifonia e porritmia vocal em cada vocalise que se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua boca.AUTORIA NA PSICOSE: GESTOS DE INSCRIÇÃO E “ESCRIÇÃO”Patrícia Laubino Borba (UFRGS)Nosso trabalho tem como objetivo estudar dois textos <strong>de</strong> pacientespsicóticos institucionalizados e, mais especificamente, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>haver, nesses textos, efeito <strong>de</strong> autoria. Compreen<strong>de</strong>mos autoria a partir <strong>de</strong>dois gestos diferentes: 1. o da inscrição, ou seja, o assujeitamento à língua, ài<strong>de</strong>ologia, a submissão às coerções inerentes à materialida<strong>de</strong> escrita e ainserção social; 2. o da “escrição”, ou seja, o se escrever no texto, dar a elasingularida<strong>de</strong>, assumir uma posição no texto. Nosso estudo está embasadona corrente francesa da Análise do Discurso e se dividirá em três partes.Inicialmente, faremos uma reflexão teórica a respeito <strong>de</strong> comocompreen<strong>de</strong>mos as noções <strong>de</strong> inscrição e <strong>de</strong> “escrição”. Em seguida,tentaremos perceber se há esses gestos <strong>de</strong> inscrição e “escrição” em doistextos <strong>de</strong> diferentes pacientes psicóticos participantes <strong>de</strong> um grupoterapêutico <strong>de</strong>nominado “Atelier <strong>de</strong> Escrita” do Centro <strong>de</strong> AtençãoPsicossocial (CAPS) região Centro <strong>de</strong> Porto Alegre. Finalmente, veremoscomo as questões a respeito da autoria estariam relacionadas à prática clínicada psicose.DISCURSO E SUBJETIVIDADE: PROCESSOS DECONSTITUIÇÃO PELA VOZPedro <strong>de</strong> Souza (UFSC)Este trabalho preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar como a relação entre os indivíduos ecertos discursos comportam modos <strong>de</strong> subjetivação que não passam apenaspela palavra falada ou escrita. Assim vamos explorar a voz como um dosdispositivos fundamentais sem os quais não acontece o sujeito, conforme odiscurso <strong>de</strong> referencia consi<strong>de</strong>rado. O objeto <strong>de</strong> trabalho a que se aplica aproposta será a voz feminina no canto popular abordando a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>302

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!