21.08.2013 Views

Modelos Não Lineares do Método dos Elementos de Contorno para ...

Modelos Não Lineares do Método dos Elementos de Contorno para ...

Modelos Não Lineares do Método dos Elementos de Contorno para ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Um <strong>do</strong>s primeiros trabalhos que trataram <strong>do</strong> problema da análise <strong>de</strong> trincas é<br />

ainda da década <strong>de</strong> setenta <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> CRUSE & VAN BUREN (1971). Nesse<br />

trabalho os autores analisaram o campo <strong>de</strong> tensões próximo a trinca em mo<strong>de</strong>los<br />

elásticos tridimensionais. Já CRUSE (1972) analisou mo<strong>de</strong>los bi e tridimensionais<br />

aproximan<strong>do</strong> a geometria da trinca por uma forma elíptica. Essa técnica levou a erros<br />

significativos e, além disso, exigia um número gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> elementos <strong>para</strong> aproximar as<br />

variáveis da superfície da fissura, portanto não apresentou um <strong>de</strong>sempenho satisfatório e<br />

foi aban<strong>do</strong>nada.<br />

O trabalho <strong>do</strong> Prof. T. A Cruse em fratura teve continuida<strong>de</strong>, e em 1975 propôs<br />

uma formulação baseada no uso <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> Green, SNYDER & CRUSE (1975). As<br />

funções <strong>de</strong> Green representavam a solução exata <strong>de</strong> um <strong>do</strong>mínio infinito com a presença<br />

da trinca que se pretendia analisar. Com essa técnica os termos integrais referentes ao<br />

contorno da trinca <strong>de</strong>saparecem e a solução é extremamente precisa. Sua aplicação é,<br />

entretanto, restrita. Permite o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s fatores <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tensão, porém não<br />

possibilita o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> avanço da trinca.<br />

Alguns livros sobre o assunto acabaram tornan<strong>do</strong>-se fortes referências e <strong>de</strong>vem<br />

receber atenção especial como, CRUSE (1988) e ALIABADI & ROOKE (1992).<br />

O uso da equação singular <strong>para</strong> o tratamento <strong>de</strong> trincas aparece posteriormente<br />

no trabalho <strong>de</strong> BLANDFORD et al. (1981), que utiliza a técnica das sub-regiões <strong>para</strong><br />

simular o crescimento da fissura entre <strong>do</strong>is contornos. Esse recurso é muito semelhante<br />

ao emprega<strong>do</strong> por VENTURINI (1982) <strong>para</strong> representação da se<strong>para</strong>ção e <strong>de</strong>slizamento<br />

em juntas.<br />

A formulação singular também aparece nos trabalhos <strong>de</strong> CEN & MAIER (1992)<br />

e <strong>de</strong> LIANG & LI (1991) que utilizaram a técnica <strong>para</strong> a mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> fratura por meio<br />

<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo coesivo. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sub-regiões contém o mesmo problema<br />

computacional <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> elementos finitos clássico. Há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer<br />

previsões sobre o crescimento da superfície da fissura com as correspon<strong>de</strong>ntes<br />

modificações da malha em função da resposta obtida. Vários outros trabalhos aparecem<br />

na literatura como variações <strong>de</strong>sses ou utilizan<strong>do</strong> outra meto<strong>do</strong>logia. É oportuno<br />

mencionar o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos, CROUCH (1976), com<br />

aplicações práticas mostradas em CROUCH & STARFIELD (1983), WEN & FAN<br />

(1994), MEWS (1987) e mais recentemente em TELLES & GUIMARÃES (2000).<br />

Uma técnica alternativa <strong>para</strong> a representação <strong>de</strong>sses problemas é a que emprega<br />

campo <strong>de</strong> tensões iniciais <strong>para</strong> a correção <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> tensão em fissuras. A espessura<br />

Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica ____________________________________________<br />

11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!