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Modelos Não Lineares do Método dos Elementos de Contorno para ...

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3. – Mecânica da Fratura e Contato<br />

Com o advento da revolução industrial o emprego <strong>do</strong> aço e também <strong>de</strong> outros<br />

materiais metálicos em aplicações estruturais ganhou forte impulso. Destacam-se nesse<br />

perío<strong>do</strong> as estruturas <strong>de</strong> cal<strong>de</strong>iras a vapor, largamente empregadas nas indústrias e em<br />

meios <strong>de</strong> transporte como trens. No século XX as gran<strong>de</strong>s guerras mundiais foram<br />

eventos que proporcionaram também gran<strong>de</strong> aplicação aos materiais metálicos.<br />

Apesar <strong>do</strong> amplo emprego estrutural <strong>do</strong>s metais, diversas estruturas<br />

apresentaram falhas sob níveis <strong>de</strong> carregamento muito inferiores aos previstos no<br />

projeto. Dentre as falhas mais conhecidas <strong>de</strong>stacam-se a <strong>do</strong>s navios “Liberty”, BROEK<br />

(1986). Dos 2.500 navios produzi<strong>do</strong>s <strong>para</strong> a II Guerra mundial 145 partiram-se ao meio<br />

(ainda <strong>para</strong><strong>do</strong> nas <strong>do</strong>cas) e 700 apresentaram danos que impossibilitaram sua utilização.<br />

A explicação <strong>para</strong> esse gran<strong>de</strong> prejuízo po<strong>de</strong> ser obtida atentan<strong>do</strong>-se <strong>para</strong> falhas<br />

inerentes aos materiais constituintes da estrutura. Nesse perío<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong><br />

fabricação <strong>do</strong>s metais ainda era consi<strong>de</strong>ravelmente <strong>de</strong>ficiente. Assim, micro-falhas pré-<br />

existentes nos materiais davam início a um progressivo processo <strong>de</strong> fraturamento<br />

levan<strong>do</strong> a estrutura ao colapso.<br />

Como forma <strong>de</strong> solucionar esses problemas, que já se arrastavam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século<br />

XIX, <strong>de</strong>u-se início ao estu<strong>do</strong> da mecânica da fratura elástico linear. As teorias da<br />

mecânica da fratura elástico linear tornaram-se uma po<strong>de</strong>rosa ferramenta <strong>para</strong> a análise<br />

e resolução <strong>de</strong> problemas envolven<strong>do</strong> fissuras cuja zona <strong>de</strong> comportamento não linear a<br />

frente da fissura seja <strong>de</strong>sprezível, ou seja, materiais <strong>de</strong> comportamento frágil na ruptura.<br />

O primeiro trabalho a tratar o problema <strong>de</strong> fissuras <strong>de</strong>ve-se a KIRCH (1898) o qual<br />

propôs uma solução <strong>para</strong> um problema clássico da mecânica da fratura, uma chapa<br />

infinita com uma fissura central, conhecida como solução <strong>de</strong> Kirch. Os trabalhos em<br />

mecânica da fratura continuaram e em 1921 Griffith analisou o problema da propagação<br />

<strong>de</strong> fissuras em vidros. A formulação empregada por Griffith consistia na realização <strong>de</strong><br />

um balanço <strong>de</strong> energia no qual se verifica a propagação da fissura quan<strong>do</strong> ocorre<br />

Capítulo 3 – Mecânica da Fratura e Contato______________________________________<br />

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