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Modelos Não Lineares do Método dos Elementos de Contorno para ...

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apresenta dimensões gran<strong>de</strong>s se com<strong>para</strong>das ao comprimento da fissura além <strong>de</strong> esta ser<br />

governada pela tensão <strong>de</strong> escoamento <strong>do</strong> material. Já <strong>para</strong> materiais frágeis a área <strong>de</strong><br />

abrangência da zona <strong>de</strong> processo é pequena em relação ao comprimento da fissura<br />

analisada.<br />

Existem também os materiais quase-frágeis em que a zona <strong>de</strong> processo apresenta<br />

um comportamento intermediário entre os presentes nos matérias dúcteis e frágeis. Suas<br />

dimensões são gran<strong>de</strong>s em relação ao comprimento da fissura e a resistência coesiva das<br />

partículas a frente da fissura é bem maior se com<strong>para</strong>da a <strong>do</strong>s materiais frágeis. Esse<br />

comportamento po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong>, em parte, pela presença <strong>de</strong> micro-danos, que são na<br />

verda<strong>de</strong> micro-fissuras, vazios e poros <strong>do</strong> material, localiza<strong>do</strong>s a frente da extremida<strong>de</strong><br />

da fissura, que <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à concentração <strong>de</strong> tensão existente estes provocam uma perda <strong>de</strong><br />

rigi<strong>de</strong>z progressiva <strong>do</strong> material. O crescimento <strong>do</strong>s micro-danos acaba por gerar<br />

interconexões (coalescência) entre eles, o que <strong>de</strong>limita a direção da propagação bem<br />

como os incrementos <strong>de</strong> comprimento da fissura principal. A Fig. (3.4) ilustra a<br />

presença <strong>do</strong>s micro-danos na zona <strong>de</strong> processo bem como a sua coalescência.<br />

Figura 3.4 Representação <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> coalescência das fissuras e conexão <strong>do</strong>s micro-danos.<br />

A zona <strong>de</strong> processo caracteriza-se também por dissipar uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> energia. A energia absorvida é empregada na danificação <strong>do</strong> material e assim a<br />

fissura propaga mesmo sob tensão inferior a tensão última. A presença <strong>do</strong> amolecimento<br />

(Anexo D), observada em curvas tensão x <strong>de</strong>formação uniaxial à compressão e tração <strong>de</strong><br />

concretos, é atribuída ao efeito da zona <strong>de</strong> processo.<br />

No tocante ao concreto, além da zona <strong>de</strong> processo, outros fatores <strong>de</strong>vem ser<br />

também leva<strong>do</strong>s em conta. Inicialmente, a presença <strong>de</strong> vazios e <strong>de</strong> agrega<strong>do</strong>s graú<strong>do</strong>s à<br />

frente da extremida<strong>de</strong> da fissura <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada. A mudança brusca <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z<br />

provocada por estes <strong>do</strong>is fatores altera o regime <strong>de</strong> propagação da fissura influencian<strong>do</strong><br />

Capítulo 3 – Mecânica da Fratura e Contato______________________________________<br />

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