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[Administração] Rodrigo Renno Administração Geral

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mostram uma evolução em relação às teorias baseadas somente nos estilos de liderança.<br />

6.3. Teoria dos Traços de Liderança<br />

Como vimos antes, as primeiras teorias de liderança imaginavam ser possível a identicação de<br />

certos “traços” de personalidade nos líderes, de forma a se poder encontrar mais facilmente<br />

líderes em potencial. Mas o que seriam esses traços? Os traços são os aspectos pessoais que<br />

distinguem as pessoas, como valores, inteligência, confiança e aparência.<br />

Dessa forma, seriam analisadas as características (pessoais, intelectuais, emocionais e físicas) de<br />

líderes conhecidos (Napoleão, Churchill ou Juscelino Kubitschek, por exemplo) e depois se<br />

buscariam pessoas que tivessem as mesmas características desses líderes.<br />

De certa forma, a ideia é a de que poderíamos analisar o potencial de uma pessoa como líder<br />

apenas analisando suas características pessoais, sem vê-la em ação.<br />

O problema é que essas características são de difícil medição. Imagine-se tendo de avaliar que<br />

pessoa de sua convivência é mais exível. Não seria muito fácil, não é mesmo? A “exibilidade” não<br />

é uma característica que pode ser medida objetivamente. Depende da opinião de cada um.<br />

Além disso, essa teoria não levava em consideração o contexto em que cada líder tinha se<br />

sobressaído. Ou seja, não analisava o fato de que características diferentes seriam importantes em<br />

cada situação. Um líder “durão” poderia ter sucesso no Exército, por exemplo, mas enfrentar muitas<br />

dificuldades em uma reitoria de universidade pública.<br />

Assim sendo, cada situação analisada “pediria” um líder diferente. Citando outra possibilidade,<br />

um líder mais enérgico poderia ser muito bom em uma situação de crise, mas péssimo em uma<br />

situação de bonança.<br />

6.4. Estilos de Liderança<br />

Um dos trabalhos pioneiros na tentativa de mapear os estilos de liderança foi o de Kurt Lewin e<br />

de seus assistentes na Universidade de Iowa. 7 Os estilos mapeados pelo autor foram: autocrático,<br />

democrático e liberal (ou laissez-faire, deixar fazer em francês).<br />

No estilo autocrático, o líder centraliza todas as decisões, sem pedir a participação dos seus<br />

subordinados. Esse líder determina como o trabalho será feito, quem o fará, quando o fará etc. A<br />

participação dos funcionários no processo de tomada de decisão é muito limitada!<br />

Já o estilo democrático caracteriza-se pela delegação de autoridade aos subordinados, que são<br />

incluídos no processo de tomada de decisão pelo líder. A decisão então é tomada em conjunto pelo<br />

líder e seus liderados.<br />

Esse estilo pode ser classicado como consultivo, no qual o líder pede a opinião dos<br />

subordinados antes de tomar a decisão, ou participativo, em que os funcionários participam não só<br />

com a opinião, mas decidem conjuntamente com o líder.<br />

Finalmente, liberal ou laissez-faire é o estilo em que o líder dá total liberdade aos subordinados<br />

para decidirem como acharem melhor! O líder tem somente a função de responder as perguntas ou

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