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Anais DCIMA Final-1

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Página 146<br />

explícita para facilitar a leitura ao leitor entre grama, alface e os nutrientes presentes nos dois podemos<br />

visualizar no trecho “A grama, assim como a alface é rica em nutrientes essenciais para nosso corpo”, como<br />

a alface é um alimento comum, a autora ao comparar os dois tipos de folhas consegue diferenciá-las de maneira<br />

com que se possibilite a compreensão do leitor. Curtis e Reigeluth (1984), atribuem o uso de analogias no<br />

ensino de ciências como uma estratégia cognitiva que pode melhorar a compreensão do aluno do mais<br />

complexo, mas é importante ressaltar que em outras pesquisas as estratégias de conflito cognitivo por vezes<br />

podem não funcionar, pois os alunos não são capazes de observar o que é pretendido (TERRAZAN et al, 2000).<br />

Outro exemplo está no texto 18 no trecho “O cigarro como régua para medir o alcance dos efeitos da<br />

Cannabis” o autor do texto compara o cigarro e a Cannabis e coloca o seu uso como parâmetro de efeitos,<br />

evidenciando as diferenças entre os dois.<br />

Em seus trabalhos, ao analisar a presença de analogias em textos de Divulgação Científica da revista<br />

Ciência Hoje para Crianças, Fraga e Rosa (2015) alertam quanto o cuidado ao se estabelecer as relações entre<br />

o alvo e o análogo, posto que proposições erradas ou complexas demais podem dar o resultado inverso ao<br />

esperado.<br />

Dentro dos textos analisados, as metáforas eram frequentemente utilizadas em sua construção e por<br />

muitas vezes repetidamente em seu decorrer. O uso de metáforas demonstrou problemas em seus usos,<br />

Algumas metáforas se tornavam incoerentes ou davam conotações diversas aos termos científicos até<br />

mesmo simplistas, Andrade e Zylberstzajn (2000) ao apresentar em seu trabalho observações epistemológicas<br />

de Bachelard acerca do uso de linguagem metafórica e analógica, apontam as demasiadas generalizações como<br />

o conhecimento pragmático, um caráter utilitário de um fenômeno como princípio de explicação. No texto 2,<br />

temos o exemplo, “lágrimas para lavar o globo ocular” quando os autores apresentam o processo que dá origem<br />

às lágrimas causadas pelas reações químicas da cebola, no intuito de que o texto se torne mais compreensível,<br />

eles também atribuem sentidos simplistas e apenas utilitários aos processos que ocorrem.<br />

Em alguns textos o uso deste recurso faz com que se fuja fugindo da realidade ao qual a informação<br />

deveria ser fidedigna, no texto 10 temos “Plantinha classifica como ‘folha que salva vidas’ está sendo crucial<br />

no combate à desnutrição na etiópia” quanto trazem a folha que salva vidas para destacar a importância da<br />

planta, outro exemplo é possível ser observado no texto 9 “Elas de fato são o alimento cerebral mais incrível<br />

do mundo” quando trazem o consumo de bananas para melhorar o humor e a tratam como alimento cerebral.<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

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