Anais DCIMA Final-1

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4. Considerações finais / Conclusões
Lançando um olhar mais aguçado sobre o papel do professor em formação, é afirmável que a maior
parte das produções escritas dos graduandos revela certa improdutividade quando se refere a análises teóricas
sobre as práticas de estágio. Tendo isso em vista, indicamos por meio da reflexão de produtos escritos como
se dá a construção argumentativa para realizarmos apontamentos sobre como ocorre a construção teórica.
Nessa perspectiva, a formação inicial dos professores ganha relevância, de modo que os relatórios de
estágio devem funcionar, sempre, como partida para trabalhos científicos, de modo que o estagiário ao se
confrontar com o sistema escolar deve considera esse meio como ambiente científico para construir sobre a
sua investigação trabalhos que revelem as suas análises compostas por descrições suficientes sobre o que se
observa durante uma aula.
Dentro da construção de teorias, os relatórios devem, também, centrar suas investigações nos saberes
escolares, esses que devem ser mobilizados no momento em que o estagiário constroi seus argumentos com
base nas investigações realizadas em torno das suas descrições. Para validarmos o conceito de saberes
escolares, havemos de afirmar segundo Tardif & Lessard que:
[...] ele não é mais reflexo de um conhecimento fundamental (filosofia, ciência,
religião, etc.) considerando imutável, mas parece antes uma construção híbrida,
uma espécie de patchwork, de caleidoscópio que tenta integrar bem ou mal um
universo epistemológico e cultural mais e mais destroçado (TARDIF &
LESSARD, 2005, p.201).
Com base nisso, vemos que as pesquisas qualificadas, devem apresentar não apenas uma coleta
suficiente de informações, como também uma leitura e reflexão sobre aquilo que está sendo produzido,
orientando as construções de teorias com base no que se escreve a respeito uma aula em confronto com os
saberes adquiridos ao longo da graduação. Tomadas essas virtudes o papel que deve ser exercido é de sujeito
da ciência, ou aquele que sabe estruturar e criticar com um repertório teórico aquilo que está no seio escolar.
Referências
GEERTZ. C. O saber local. 6. ed. Rio de janeiro: Vozes, 2003.
HENRY, P. A ferramenta imperfeita: língua, sujeito e discurso. Trad. Maria Fausto P. de Castro. Campinas:
Editora da Unicamp, 1922.
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