Anais DCIMA Final-1

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ARTE & PSICANÁLISE: OS ESPELHOS VOARAM EM
PEDAÇOS!
Ângelo Roberto Silva BARROS
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Boa Esperança (FAFIBE)
angelo_roberto_barros@hotmail.com
Resumo: As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, nos
seus aspectos econômicos, políticos, culturais etc. São produtos históricos criados por
homens concretos, que vivem seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o
desenvolvimento do conhecimento. Sigmund Freud (1856-1939), por exemplo, foi um
médico vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica dos processos
históricos e sociais. Ele ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas
“regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do
indivíduo, como problemas científicos. A investigação sistemática desses problemas levouo
à criação da Psicanálise. Mas, quais seriam os possíveis encontros e desencontros entre
a Psicanálise e a arte? Para responder tal questionamento, interessou a este estudo
registrar que a Psicanálise e a arte do século XX, por nascerem na mesma época, não
pararam de se atrai, pelo fato de ambas serem produtos culturais que compartilharam o
mesmo “espírito de época”, e se distanciar, devido ao fundador da psicanálise não ter
escondido sua antipatia em relação à arte moderna. Além disso, buscou-se pontuar que
Sigmund Freud conseguiu estabelecer um parentesco entre a psiconeurose e a criação
artística (sublimação).
Palavras-chave: exemplo; exemplo; exemplo; exemplo; exemplo.
Introdução
A psicanálise e a arte do século XX nasceram na mesma época e não pararam de se atrair, se distanciar
e se esbarrar, às vezes desastradamente, até hoje. Como bem lembrou o filósofo francês Jean-François Lyotard
(1924-1998), nós pertencemos à revolução cezanniana e freudiana. Na virada do século XX, a primeira
rompeu, na pintura, com a organização espacial tradicional, vigente desde o Renascimento. A obra do pintor
pós-impressionista francês Paul Cézanne (1939-1906) mostrou que não havia ordenação natural do espaço
visual. O quadro não mais se compõe a partir da posição inquestionável e bem centrada de um olho ordenado,
segundo as leis da perspectiva, e, assim, o espaço da obra se desestabilizou. Com o fundador da psicanálise
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