Anais DCIMA Final-1

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controlam a forma como o discurso circula, podemos reafirmar que por meio do discurso é possível verificar
as posições ocupadas pelo sujeito enunciador ao produzir identidades sobre a cidade de São Luís.
A partir do olhar de que a identidade é efeito de sentido e lugar enunciativo no estudo discursivo, e
também destacando o fato de que ela é fluida, líquida, errante ou descentrada, nos propomos a verificar que
identidades os sujeitos objeto de nossa pesquisa constroem sobre a cidade de São Luís.
2. Cidade, sentido e produção de identidades
A cidade de São Luís tem uma circulação de mais de 300.000 veículos (179.984 automóveis e 1.185
ônibus de transporte público coletivo), conforme dados do DETRAN Maranhão (2013). Tais dados
demonstram um aumento que tem gerado problemas de mobilidade, e contrastam com a capital no século XIX,
que até a primeira metade tinha como meio de transporte carruagens, carroças e cavalos. Com o crescimento
da capital foram se formando longas distâncias que exigiram a implementação de transporte coletivo. Em 1872,
entrou em circulação o bonde puxado a burro; em 1891 foi construída uma linha férrea para o cobrir o trajeto
do centro até o subúrbio. Em 1896, a capital possuía três linhas urbanas, que auxiliavam no transporte dos
operários para as fábricas de tecido. No início do século XX, mais precisamente em 1905, São Luís é marcada
por um grande acontecimento: o primeiro carro de passeio monocilíndrico, à gasolina, trazido da Inglaterra
pelo empresário da indústria têxtil, Joaquim Moreira Alves dos Santos, conhecido como Nhozinho Santos. A
chegada de outros carros acontece somente após o fim da II Guerra Mundial. (LACROIX, 2008).
Esse brevíssimo histórico nos situam em dois momentos e nos mostram o crescimento das mudanças
no aspecto mobilidade. Atualmente, com o crescimento populacional (segundo dados do IBGE de 2016, São
Luís possui uma população estimada em 1.082.935 habitantes, que fazem uso de automóveis de passeio,
transporte público coletivo, táxis, motos, bicicletas, além dos pedestres. A mobilidade está sendo repensada.
Algumas iniciativas têm sido tomadas, como a construção de avenidas a exemplo da Via Expressa,
Avenida IV Centenário, hoje chamada de Avenida Jackson Lago. A cidade tem sofrido várias obras de
intervenção, como o projeto Interbairros, que criou rotas alternativas a fim de desafogar os grandes corredores;
destaca-se ainda a criação de corredores exclusivos para ônibus.
Tais mudanças têm sido feitas no sentido de apresentar soluções para a mobilidade urbana,
preocupação que ganhou espaço na pauta do Ministério das Cidades.
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