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Anais DCIMA Final-1

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Página 857<br />

Por ser uma droga lícita, é mais fácil para ela está presente na maioria das ocasiões sociais do povoado,<br />

vemos seu uso quase obrigatório em momentos comemorativos e esportivos. As regras para seu consumo<br />

parecem não fazer o efeito esperado neste povoado, haja vista, os acidentes de motocicletas estarem, de modo<br />

geral, ligados ao estado de embriagues do condutor. No Brasil, nenhuma pessoa pode dirigir após ter<br />

consumido uma certa quantidade de álcool, segundo a Lei nº 9.503/97 que instituiu o Código de Transito<br />

Brasileiro (BRASIL, 1997), assim como nenhum menor de 18 anos pode consumir bebidas alcoólicas, fato<br />

reprovável pelo estatuto da criança e do BRASIL, 1990). Entretanto, o que se vê são crianças e adolescentes<br />

encorajados ao consumo, seja pelas propagandas na TV, seja pelos próprios pais que estimulam a beber ou<br />

fazem deles portadores de bebidas quando enviados ao que chamamos, “bar da esquina,” para comprarem estes<br />

produtos, alerta Bertoni (2015).<br />

O uso precoce do álcool demanda preocupação, na medida em que quanto mais cedo o jovem começa<br />

a beber, mais danoso será o seu padrão de consumo de álcool no futuro, nos esclarece Vieira et al., 2007, (apud<br />

FERREIRA, 2010, p 14). No povoado Rio, cenário do estudo, ocorrem com frequências campeonatos<br />

futebolísticos, regados por bebidas alcoólicas e animados com música entre as partidas, reúnem pais e filhos,<br />

pessoas de todas as idades e classes sociais do município e região, um dos momentos que favorece o uso<br />

precoce de bebidas alcoólicas entre os adolescentes. Nesse contexto, os adolescentes espelhando-se nos hábitos<br />

paternos e/ou familiares passam a frequentar os bares do povoado, tornando-o vulnerável diante da<br />

dependência do álcool. Esta realidade é o que descreve Lapate (2001), quando nos diz que nossa sociedade é<br />

muito permissiva e tolerante quanto ao uso do álcool, estando presente nas famílias, no cotidiano das pessoas.<br />

E que os adolescentes ao iniciarem precocemente o consumo de bebida alcoólica, torna-o vulnerável diante da<br />

inabilidade no discernimento para julgar seus perigos.<br />

3. Abordagem teórica e metodológica<br />

Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa, o que nos permite uma maior reflexão sobre os dados.<br />

A pesquisa qualitativa como explica Antônio Chizzotti (2006) contribuirá para uma visão mais abrangente<br />

acerca do problema e contato direto com o objeto em análise.<br />

Na tentativa de responder aos objetivos propostos, a temática escolhida exige nos uma revisão<br />

bibliográfica que inclui a retomada de literatura específica em Halbwachs (2003), Sá (1998; 1995), Moscovici<br />

(2003), Jodelet (2001), Bertoni (2015), Aberastury (1983), Carneiro (2007), dentre outras fontes que possam<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

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