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Anais DCIMA Final-1

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Página 88<br />

Os jardins e parques botânicos são espaços que apresentam propostas de atividades variadas, como é<br />

o exemplo das trilhas ecológicas que passaram a ser uma forte estratégia para a educação ambiental. Nesse<br />

contexto, Eisenlohr et al. (2013) afirmam que as trilhas ecológicas constituem importantes espaços de educação<br />

ambiental, pois os visitantes são levados a conhecerem o ecossistema e compreenderem sua importância assim<br />

como propor mudanças no modo como os indivíduos reconhecem sua relação com o meio ambiente. Para que<br />

isso ocorra, um grande número de trilhas ecológicas dispõe de profissionais, atuando como mediadores, e<br />

materiais informativos como placas e textos, estes constituem-se os principais elementos presentes em museus<br />

de ciências, inclusive nas trilhas ecológicas, pois possuem variados objetivos dentro de cada espaço, desde<br />

sinalizações e indicações sobre os percursos até explicações sobre objetos e fenômenos, MARANDINO<br />

(2002).<br />

Logo, os textos podem ser caracterizados em diferentes gêneros textuais para cada objetivo proposto,<br />

como placas, etiquetas, quadros etc. Para Ferreira (2014), os textos podem atuar como “objetos mediadores”,<br />

que a mesma conceitua como:<br />

Um objeto mediador medeia à relação do visitante/participante com a exposição<br />

e facilita a integração do conhecimento, patente na exposição e trazido pelo<br />

visitante/participante (FERREIRA, 2014, p. 8)<br />

Ou seja, os textos são elementos relevantes dentro desses espaços. Portanto, compreender como se<br />

processa a construção dos elementos textuais é suma importância, pois só assim é possível entender as<br />

intenções por trás desses processos e as transformações pelos quais os mesmos sofrem em função ao contexto<br />

que estão inseridos (MARANDINO, 2012).<br />

Além disso, os textos podem ser caracterizados dentro das tipologias de discurso. Orlandi (2009)<br />

afirma que o discurso se diferencia do esquema elementar de comunicação e seus elementos (emissor, receptor,<br />

código, referente e mensagem), no qual o emissor transmite uma mensagem ao receptor, onde a mensagem é<br />

constituída de códigos, referida a um elemento da realidade (referente). Portanto, a análise do discurso não<br />

está relacionada apenas a transmissão de uma mensagem, pois o discurso é formado por um conjunto de<br />

sujeitos e sentidos, influenciados pela língua e pela história. Logo, o discurso pode ser entendido como o<br />

processo de constituição dos sujeitos e sentidos, ou seja, “é o efeito de sentidos entre os locutores” (ORLANDI,<br />

2009, p.21). Dessa forma, os textos podem ser investigados à medida que se analisa seus objetivos dentro de<br />

cada espaço, suas características além de suas intencionalidades para o público. Diante disso o presente<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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