Anais DCIMA Final-1

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A abertura da estrada que ligara a Amazônia ao restante era uma das principais obras inseridas no
“Plano de Metas do governo JK. Talvez por isso, a coluna que saiu de Belém, tenha sido a única das quatro
colunas a ter sido filmada e registrada cinematograficamente.
O filme produzido por Jean Manzon nos remete à uma ideia de que a Amazônia é uma aventura épica.
A trilha sonora inicial nos remete ao som dos antigos filmes de faroeste americano. Com sons de trombetas e
trompetes militares.
No texto do filme, o narrador refere-se ao idealizador da obra, o engenheiro Bernardo Sayão – que
morreu durante a construção da estrada - e aos trabalhadores que atuaram na devastação da mata para a
construção da estrada como “pioneiros”.
interrompeu-se aqui a marcha de Bernardo Sayão. Um homem. Oh, morrer
sempre avançando. Um entre nós deve tombar e morrer? Soou a hora de alguém?
Marchando é que morremos mais dignamente. Pioneiros! Oh, pioneiros!
(COLUNA NORTE, 1960)
Esta ideia nos faz ter o entendimento de que antes da abertura da estrada, não havia povoamento na
Amazônia, ignorando assim as populações indígenas que estavam ao longo da rodovia.
Há uma carência de trabalhos em que se retratam como era a região que estava na área da estrada e
nos seus arredores. Há mais suposições do que trabalhos que mostrem os impactos sobre as populações que
habitavam a região durante a intervenção da estrada. Mas temos a certeza de que havia sociedades indígenas
que tiveram suas vidas modificadas com a abertura da rodovia.
4. O mapa Nimuendaju
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