Anais DCIMA Final-1

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Lessa (2002), Araújo (2003), Chaume (2004), Machado (2008) entre outros possibilitaram a compreensão e a
análise das modalidades de TAV, tanto das mais consumidas pelo público brasileiro, identificada na figura 3,
como aquelas que os avanços tecnológicos e as demandas sociais permitiram que ganhassem inclusão social e
repercussão acadêmica, como por exemplo, a audiodescrição (AD) e a legendas para surdos e ensurdecidos
(LSE). De tal modo, podemos perceber que a tradução audiovisual proporciona um intercâmbio específico
entre as esferas de Letras, Linguística Aplicada, Comunicação Social, Cinema Rádio e Televisão, Teatro, entre
outras áreas afins.
Como foi mencionado, este artigo apresenta um recorte da análise do processo de tradução audiovisual
do Núcleo da TV UFMA. De acordo com a Associação Brasileira de Televisão Universitária – ABTU, as
emissoras universitárias devem ser um instrumento de capacitação, treinamento e aperfeiçoamento dos
profissionais da área e dos demais setores que a compreendem. A emissora universitária maranhense conta
com diversos setores, onde estudantes de vários cursos que a universidade oferece, trabalham desempenhando
funções como repórter, designer gráfico, auditor, administrador, editor, entre outras. Na TV, os discentes põem
em prática a teoria aprendida em aula, e ao mesmo tempo, absorvem outras ideias e conteúdos das áreas
envolvidas nos outros setores. É uma espécie de interação e influência mútua que aborda questões
interdisciplinares.
O Núcleo de Tradução Audiovisual criado em maio de 2016, trabalha com duas modalidades de TAV:
legendagem e dublagem. O método realizado para o desenvolvimento e a execução dessas técnicas é
interdisciplinar, contando com a participação de estudantes dos cursos de Comunicação Social, Letras/
Espanhol e Teatro. Durante a análise do nosso objeto percebemos que tanto o processo de legendagem quanto
o processo de dublagem eram diferentes aos modelos padrões utilizados por empresas legendadoras e
dubladoras. O Núcleo aplica as legendas nas produções usando o software de edição, Final Cut Pro X, que não
é um programa específico para legendas. Além disso, notamos que no procedimento comercial as funções do
legendista (tradutor) e legendador (operador de caracteres) não se misturam. Ambos profissionais cumprem
suas funções individualmente sem ter contato um com outro (Cezar, 2017). No entanto, no setor TAV da
emissora, o último passo de processo de legendagem, a revisão, requer do trabalho em equipe do legendador e
do legendista para o material poder ser exportado e ser transmitido na programação. Na figura 1 e 2 podem
analisar os modelos explicados.
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