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Anais DCIMA Final-1

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Página 207<br />

cidade e seu processo de colonização (LACROIX, 2006). O segundo tópico - Cidade, Discurso e Identidades,<br />

propõe os conceitos de cidade e identidades que utilizamos neste estudo. E por fim, analisam-se os sites<br />

selecionados. Analisamos dois sites: Férias Brasil e Viaje na Viagem. Esses sites foram elencados por trazerem<br />

de forma detalhada, em relação a outros consultados, informações e imagens minuciosas sobre os casarões da<br />

cidade.<br />

1. São Luís: Fundação Francesa e Colonização Portuguesa<br />

Lacroix (2006), em seu livro “A fundação francesa de São Luís e seus mitos”, problematiza a história<br />

oficial da fundação francesa da cidade, atribuindo o gesto fundacional aos portugueses. Segundo a autora, os<br />

franceses chegam ao Maranhão em julho de 1612, ocupando uma pequena ilha chamada Santa Ana. Em 8 de<br />

setembro do mesmo ano, Daniel de La Touche e cerca de 500 homens chegaram à ilha do Upaon-Açu, nome<br />

dado ao lugar pelo povo indígena que aqui já habitava, os tupinambás. Fundaram imediatamente um forte, que<br />

se localizava em ponto estratégico da ilha, entre o Rio Anil e o Bacanga, sendo nomeado Forte de Saint-<br />

Louis, em referência ao patrono da França, e ao rei da época - Luís VIII. Ao chegarem à Upaon-Açu,<br />

depararam-se com os Tupinambá, que viviam da pesca, das pequenas plantações e da caça. Tal povo lhe seria<br />

muito útil depois, pois lutaria ao lado dos franceses, na batalha de Guaxenduba.<br />

A Ilha de São Luís, nome já “aportuguesado”, ficaria sob o poder dos franceses por três anos, pois em<br />

1615 seria conquistada e colonizada pelos portugueses. No comando do português Jerônimo de Albuquerque,<br />

soldados partiram em guerra contra os franceses, os quais tinham o apoio das nações indígenas. Durante a luta,<br />

La Touche observou que rapidamente perdia seus soldados e índios, e que seu intérprete havia sido baleado e<br />

não tinha mais como comunicar-se com os índios. Com isso, os indígenas se dispersaram durante a batalha,<br />

não havendo mais como fugir pelo mar, pois suas embarcações encontravam-se todas em chamas. La Touche<br />

e o restante dos seus oficiais tiveram que se refugiar no forte de Saint-Louis, para ganharem tempo. Ao ver<br />

que não venceria a guerra, escreveu uma carta a punho a Albuquerque. Ambos começariam a trocar cartas a<br />

partir do dia 21 de novembro. La Touche propôs uma trégua, que foi aceita, e esperariam de ambas as cortes<br />

uma solução para o conflito.<br />

O Documento previa a paz com o início naquela data até o fim de dezembro de<br />

mil seiscentos e quinze, cessando todos os atos de inimizade começados a 26 de<br />

outubro, com derramamento de sangue cristão dos dois grupos beligerantes;<br />

elegia um fidalgo Francês e um Português como emissários as cortes Francesa e<br />

Espanhola para conhecerem o entendimento de suas majestades quanto ao<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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