Anais DCIMA Final-1

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6. Considerações finais
Ao averiguarmos nossos propósitos iniciais, verificamos que atendemos em parte ao nosso objetivo
de investigar em que medida a interação produtor/imagem/observador por meio das imagens, nos Manuais de
Regras do Jogo (FIFA), contribui para a formação e representação do árbitro de futebol. Entendemos que essa
interação atende aos fins a que se destinam, com algumas ressalvas referentes à complementaridade entre os
modos verbais e visuais, a qual deveria gerar uma tríade formada pelos seguintes elementos: texto verbal
impresso, imagens e legendas.
Embora houvesse notáveis evoluções, sobretudo no uso de recursos semióticos, evoluindo da
fotografia à projeção de modelo humano em ambiente 3D, perpassando pelo desenho, entendemos que o uso
de imagens nos referidos manuais atendem a certos aspectos didáticos na formação do árbitro de futebol, não
por méritos de seus organizadores, mas simplesmente por ser um caráter inerente à imagem. Contudo, essa
evolução sinaliza possíveis intenções em se anular certas marcas arraigadas na representação do árbitro de
futebol, tais como questões de ordem sociais e culturais, buscando não fazer alusão a etnia alguma,
distanciando-se das representações de gênero e situando-se como representativa de qualquer de ambos, além
de não trazer em si as hegemonias de gênero ou modelos pré-estabelecidos ideologicamente.
Ao empregarmos a multimodalidade enquanto uma teoria explicativa e adequada para dar conta do
grande número de elementos visuais empregados na construção do significado nos Manuais de Regras do Jogo
(FIFA), constatamos que em relação ao planejamento editorial didático, parece-nos óbvio que vem ocorrendo
uma crescente necessidade de um diálogo mais entrosado entre a autoria dos Manuais de Regras do Jogo
(FIFA) e o comunicador visual, assim como entre estes e o responsável pelo projeto gráfico editorial. Embora
sabendo que, por vezes, o último a decidir não é um comunicador visual, nem pessoas diretamente responsáveis
pela autoria, mas um técnico gráfico, profissional mais dado a questões de uso de papel, aplicação de cores e
diagramação e que normalmente não teria a preocupação com a formação, a representação, nem com a
identidade visual do árbitro de futebol.
O teor altamente informativo das regras, como a rigor são os textos normativos de tipologia injuntiva,
exige do instrutor o uso constante de imagens que facilitem o entendimento de conceitos, estruturas e
processos. Ideal se estes recursos fossem além de ilustrações de livros, jornais, revistas e cartazes e buscassem
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