Anais DCIMA Final-1

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Com a influência da colonização portuguesa, herdou-se um conjunto arquitetônico constituídos por
casarões e igrejas, os quais já se encontram em várias ruínas dando um ar de nostalgia para a cidade. Em 1948,
Alcântara foi tombada como Cidade Histórica e Monumental Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional e em 1974 a sede do município de Alcântara foi tombada como Conjunto Arquitetônico
e Urbanístico da Cidade de Alcântara. A partir de então é reconhecida por seus casarões imponentes, alguns
ainda preservados e outros se encontram em ruínas abandonadas.
No que diz respeito sobre as manifestações culturais, mantem-se em destaque as festas religiosas das
comunidades, principalmente a Festa do Divino Espírito Santo.
Quando se pensa em tradição cultural, vem-se ao pensamento um conjunto de hábitos, costumes,
ideias, valores presentes em uma cultura de uma determinada população e que são repassados de geração em
geração. Em relação ao seu conteúdo, este é marcado com uma forte ligação com o passado, com a afetividade,
as relações familiares, entre outros.
Pode-se entender como tradição os usos ou hábitos inventados transmitidos de geração em geração
(Amora, 2009, p. 729). Como tradição inventada, nas palavras de Hobsbawm e Ranger (1997, p. 09)
compreende-se como:
Um conjunto de práticas normalmente regulares por regras tácitas ou
abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar
certos valores e normas de comportamento através da repetição, o que implica,
automaticamente; uma continuidade em relação ao passado.
Dessa forma, toda tradição pode ser considerada como uma invenção que surgiu em algum lugar no
passado, sendo possível a sua alteração em algum lugar no futuro.
O culto ao Divino Espírito Santo é um ritual do catolicismo popular que se mantem no calendário
cristão oficial através da celebração de Pentecostes, acontecendo sempre cinquenta dias após a Páscoa.
De origem portuguesa, “chegou ao Brasil no século XVI e ao Maranhão, é bem possível, dada sua
arraigada tradição nos Açores, com os casais que aqui aportaram em 1615 e 1625”. (LIMA, 1999, p. 08).
Para Barbosa (2009, p. 24), a Festa do Divino Espírito Santo é compreendida como uma festa
especificamente portuguesa, foi ressignificada pela mistura das populações que ali viviam, chegaram para lá
ou foram levadas, incorporando outros sentidos e musicalidades.
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