Anais DCIMA Final-1

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jornalísticos, como os casos da publicidade comercial e da publicidade legal. Tais caracterizações sobre os
gêneros jornalísticos foram categorizadas a partir de Melo, Assis (2016).
Do montante de edições verificadas nesses três anos de pesquisa documental, o que totalizou 942
edições, constatou-se que havia referências à Suzano em 213, o que representa um total de 22,61% de presença
da empresa nas páginas de O Progresso, que eram formatadas como notícias, reportagens, notas opinativas de
colunistas e publicidade (MELO, ASSIS, 2016). Todos os dados quantitativos dessa presença se encontram
em um artigo anterior, elaborado no escopo da mesma pesquisa (HOLANDA, MATOS, 2016).
Do total das 213 edições, para dar mais profundidade à pesquisa, foram selecionadas 10 matérias para
análise sistemática. Esse corpus formado para o procedimento da análise tem as seguintes características:
a) Os dez acontecimentos jornalísticos se distribuem pelo período que
compreende o início da construção da planta industrial (março de 2011) e a
inauguração oficial da empresa (março de 2014);
b) Está enfeixado no conjunto do que Melo, Assis (2016) convencionaram
chamar de Jornalismo Informativo, basicamente dividido entre a notícia e a
reportagem (sendo preciso, para ‘reportagem’, fazer um esforço condescendente
à teoria – como afirmamos em artigo anterior (HOLANDA, MATOS, 2016));
c) Enfoca uma diversidade de assuntos que envolvem a empresa;
d) Demonstra o estabelecimento, pelos dispositivos, de uma relação vertical com
o leitor.
Com base nos pressupostos teóricos da midiatização, referenciados a partir do contato com os
professores-pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UNISINOS, foram verificados
aspectos da verticalidade da relação que os dispositivos midiáticos analisados estabeleceram com o leitor; a
unicidade de informação que circulou por tais dispositivos, fruto do trabalho das assessorias de comunicação
tanto da Suzano quanto da Prefeitura de Imperatriz e do Governo de Estado do Maranhão, diretamente
interessados no sucesso do empreendimento; e uma positividade de representação – o que se verificou, por
exemplo, pela quase inexistência de referências negativas ao processo de implantação da fábrica, mesmo em
momentos de tensão, como dois eventos de mortes de trabalhadores na planta da fábrica e em fazendas de
eucaliptos (MATOS, SOUSA, 2016).
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