Anais DCIMA Final-1

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Vemos que assuntos sociais dentro do Cinema Novo, e que foram colocados no filme “Muleque té
doido”, são evidentes, são temas relevantes e que sempre são mostrados de forma acentuada.
4. Considerações finais
Com as declarações dos vários teóricos incluídos neste artigo, podemos imaginar que a conexão
existente entre o movimento Cinema Novo com o filme “Muleque té doido” foram encontradas e com isso o
nosso projeto pode ser uma ponte para possíveis dialéticas no que se refere à criação de filmes baratos e
pautados em grandes movimentos, que tinham como prerrogativa, todas as proposições sociais.
Para a autora Manuela Penafria a criação de filmes livres, tem como requisito, gerar questões entre o
autor do documentário e o receptor da mensagem, de maneira que o sentido é:
Incentivar o diálogo sobre diferentes experiências, sentidas com maior ou menor
intensidade. Apresentar novos modos de ver o mundo ou de mostrar aquilo que,
por qualquer dificuldade ou condicionalismos diversos, muitos não vêem ou lhes
escapa (PENAFRIA, 2001, p.5).
Observamos também que não precisa se ter muito dinheiro em caixa ou variáveis câmera modernas de
filmagem e diversos apetrechos para dar vidar a um trabalho de cinematografia, o que precisa mesmo e ter
uma boa imaginação.
Conseguimos reconhecer que produções independentes vêm se projetando com intensidade, onde na
maioria dos casos, basta ter uma boa criatividade, sem necessariamente ter um bom manejo dos aparelhos. A
demanda de filmes quase a zero custo tem viralizado no youtube, disseminando novas perspectivas quanto às
novas formas de criar roteiro e transformá-los em imagem.
Por fim, entendemos que o cinema, assim como diversos mass media, comunica e ajuda na formação
de um diálogo sobre os aspectos sociais de uma região, e como isso pode se configurar em um novo ajuste no
estilo de conversação entre a sociedade e seus criadores, ao tempo de reinventar novos conceitos e saber dar
uma nova leitura para as mazelas sociais, refletindo, sobre uma nova possibilidade de que, a transformação
não virá sem o ato de arregaçar as mangas e partir pra luta.
Sendo assim, muito mais do que imagens e sons retratados em vídeos, é a permanente vontade de ser
um revolucionário dos vídeos, é ser um eterno militante em um trabalho contínuo, para esculpir um novo
cenário para o meio onde vive.
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