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Anais DCIMA Final-1

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Página 781<br />

movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade<br />

social da vida coletiva no país” (Resolução CNE/CEB 87 1, de 3 de abril de 2002, art. 2º).<br />

Enunciado 02 – Discurso B<br />

“Parágrafo único – A caracterização da educação do campo indica o desafio da construção da escola<br />

democrática e popular, fortemente ancorada na teoria e prática. Uma escola que trabalhe e assuma de fato a<br />

identidade do campo, não só como forma cultural diferenciada mas, primordialmente, como ajuda efetiva no<br />

contexto específico de um novo projeto de desenvolvimento do campo” (Resolução nº 04/2010 – CME 88 de<br />

19 de agosto de 2010, art. 2º).<br />

No discurso dos movimentos sociais do campo, que tratam da concepção da Educação do Campo e<br />

serviu como base para a I Conferência Nacional Por uma Educação do Campo, abordam a especificidade das<br />

escolas do campo e como essa especificidade levou os movimentos sociais a considerarem que tal<br />

especificidade só possível de ser garantida num processo de formação dos estudantes assegurando no próprio<br />

processo formativo destes sujeitos assumindo uma formação a partir de alternâncias pedagógicas chamadas<br />

tempo-escola e tempo-comunidade, definindo a identidade da escola do campo “aquela que trabalha os<br />

interesses, a política, a cultura, e a economia dos diversos grupos de trabalhadores e trabalhadoras do campo,<br />

nas suas diversas formas de trabalho e de organização” (FERNANDES, CERIOLI E CALDART, 2011, p.53).<br />

No processo de tradução entre o discurso A e o discurso B. A presença da palavra identidade no<br />

discurso A se transforma em caracterização no discurso de B. Esta transformação lexical implica numa<br />

reconfiguração discursiva, pois identidade possui um significado de maior pertencimento, aquilo que identifica<br />

a escola do campo e aproxima mais da voz fundadora que reivindica a vida e os saberes do campo como parte<br />

do projeto de escola do campo. Ao passo que caracterização, possui um significado de característica, dilui a<br />

força da reivindicação por uma política específica que traga as identidades no seu bojo. Além disso o enunciado<br />

de A mantém a ideia das temporalidades e saberes dos sujeitos marcada no enunciado “ancorando-se na<br />

temporalidade e saberes dos próprios estudantes”, considerar os tempos no discurso fundador é considerar uma<br />

metodologia de trabalho produzidas nas experiências das escolas do campo, denominada como pedagogia da<br />

alternância, segundo Caldart, a pedagogia da alternância é uma metodologia de trabalho que busca integrar<br />

87<br />

Conselho Nacional de Educação/Comissão Educação Básica<br />

88<br />

Conselho Municipal de Educação<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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