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Capa da TESE - Fesete

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confederações sindicais e patronais como actores políticos. As competências do CPCSincluem a política de rendimentos e preços, o parecer sobre a legislação laboral ecompetências no plano <strong>da</strong>s políticas económicas e sociais. Ain<strong>da</strong> sobre a institucionalizaçãodo sindicalismo no Estado, referido por algumas abor<strong>da</strong>gens, Lima considera mais apropriadoreferir a institucionalização <strong>da</strong> participação do sindicalismo no sistema político, já que não setrata propriamente <strong>da</strong> integração dos Sindicatos no Estado, uma vez que estes preservam a suaautonomia e independência e são livres de entrar e sair dos arranjos neocorporativos.Neste período, a par <strong>da</strong> intervenção directa do Estado, em particular na legislaçãolaboral e na contratação colectiva, os dois pilares <strong>da</strong> regulação do período anterior, emergeum terceiro pilar com relações específicas com os anteriores. Estamos perante uma nova faseem que é fun<strong>da</strong>mental considerar a interacção entre estes quadros/espaços de regulação denatureza diferente (Lima, 2004, p. 136).A relação entre os acordos de Concertação Social e a negociação, pode serequaciona<strong>da</strong>, segundo Lima, a vários níveis: o nível <strong>da</strong>s recomen<strong>da</strong>ções de alteração <strong>da</strong>legislação de trabalho, o qual pode ter efeitos directos, através de normas imperativas, ouefeitos indirectos, remetendo para a agen<strong>da</strong> <strong>da</strong> negociação colectiva determina<strong>da</strong>s matérias; onível de pacto entre as organizações que se comprometem a fazer aplicar os acordos e ainfluenciar para os seus membros, como por exemplo, o caso <strong>da</strong>s políticas salariais; o nível dedefinição de novas regras, inclusive sobre a própria regulamentação colectiva; finalmente, éde esperar que o próprio processo de concertação e as estratégias desenvolvi<strong>da</strong>s pelos váriosactores, influenciam também a negociação colectiva nos níveis sectoriais e de empresa (Lima,2004, pp. 136-137).A institucionalização do CPCS (que na sua génese contou com a oposição <strong>da</strong>CGTP/IN, a qual só ocupou o seu lugar em 1987), instituição triparti<strong>da</strong> e com um leque muitoalargado de competências, coloca, segundo Lima, o problema <strong>da</strong>s relações entre o CPCS e asinstituições democráticas de soberania, em primeiro lugar com a Assembleia <strong>da</strong> República. Asinteracções que o CPCS visa estabelecer entre o sistema político e as relações laborais sãocomplexas, visto que visam influenciar em simultâneo o sistema político (através decompromissos do Governo assumidos no quadro do CPCS, com implicações na Assembleia<strong>da</strong> República); e as relações laborais (compromissos <strong>da</strong>s confederações sindicais e patronais,em particular a negociação colectiva), (Lima, 2004, p. 137).Em 1986 e durante a vigência do Governo do PSD, foi aprovado o primeiro acordo noCPCS, Acordo de Política de Rendimentos para 1987, ain<strong>da</strong> sem a presença <strong>da</strong> CGTP/IN.Este Acordo de Rendimentos e os ulteriores vieram colocar a necessi<strong>da</strong>de de articulação <strong>da</strong>macro-concertação com a contratação colectiva, nos vários conteúdos por esta regulados. Em102

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