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Capa da TESE - Fesete

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2. Caracterização <strong>da</strong> Estrutura Empresarial e do Emprego nas IndustriasTêxteis, Vestuário e Calçado entre 1998 e 2006Ao elencarmos um conjunto de indicadores caracterizadores <strong>da</strong> estrutura <strong>da</strong>s empresase do emprego, vamos fazê-lo de um ponto de vista retrospectivo, entre 1998 e 2006. Aesmagadora maioria <strong>da</strong>s empresas tem menos de 50 trabalhadores (Anexo VII – Quadro nº II-I-1).No período em análise acentuou-se a tendência de per<strong>da</strong> de empresas com mais de 49trabalhadores. Desapareceram: 56,8% <strong>da</strong>s empresas com mais de 500 trabalhadores, 38,4%<strong>da</strong>s empresas com 100 a 499 trabalhadores, 26,2% <strong>da</strong>s empresas com 50 a 99 trabalhadores,(Anexo VII – Quadro nº II-I-3). É na déca<strong>da</strong> de 90 do século passado que se dá inicio a umamu<strong>da</strong>nça estrutural nas empresas <strong>da</strong>s ITVC. Com a introdução <strong>da</strong> moe<strong>da</strong> única na UniãoEuropeia, a liberalização do comércio global dos têxteis e vestuário e a integração <strong>da</strong> Chinana Organização Mundial do Comércio (OMC), as grandes multinacionais destes sectores dãoinicio à deslocalização <strong>da</strong>s suas filiais de Portugal e um conjunto de médias e grandesempresas portuguesas com reduzi<strong>da</strong> incorporação na cadeia de valor, com profun<strong>da</strong>sinsuficiências organizacionais e em equipamentos tecnológicos ultrapassados encerram ouentram em situação de insolvência.Concomitantemente encerram médias e grandes empresas e são cria<strong>da</strong>s milhares demicro e pequenas empresas, atingindo o pico máximo de empresas em 2000 com cerca de12.000 regista<strong>da</strong>s estatisticamente, o que exclui uma parte <strong>da</strong>s empresas que continuam aproduzir para a economia informal. O avanço do período de transição de dez anos para a totalintegração <strong>da</strong>s indústrias têxteis e vestuário na OMC, que terminou em 2004, foiprogressivamente liberalizando a circulação dos produtos, travando a dinâmica decrescimento <strong>da</strong>s micro e pequenas empresas <strong>da</strong>s ITVC.Analisando como esta redução de empresas se distribui pelos distritos com mais pesonas ITVC, (Anexo VII – Quadro nº II-I-4), por ordem decrescente de per<strong>da</strong> de empresastemos: Porto, Aveiro, Lisboa, Braga, Castelo Branco e Guar<strong>da</strong>. Destes <strong>da</strong>dos podemosconstatar que uma parte significativa <strong>da</strong>s empresas têxteis e de vestuário <strong>da</strong> bacia do Ave e doCávado, não foram <strong>da</strong>s áreas mais afecta<strong>da</strong>s pelo encerramento <strong>da</strong>s empresas, neste período.No final de 2006 o distrito de Braga concentrava ain<strong>da</strong> a maioria <strong>da</strong>s empresas, seguido porordem decrescente de importância pelo Porto, Aveiro, Lisboa, Castelo Branco e Guar<strong>da</strong>.As alterações verifica<strong>da</strong>s na estrutura empresarial tiveram consequências no volumede emprego <strong>da</strong>s ITVC (Anexo VII – Quadro nº II-I-5). Em oito anos as ITVC perderam noconjunto 26,4% do emprego. Por ordem decrescente o calçado perdeu 29,9%, o têxtil 28,7% eo vestuário 22,6%. Se analisarmos as per<strong>da</strong>s de emprego por género nas ITVC são as167

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