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Capa da TESE - Fesete

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com um custo imenso, como por exemplo a escala móvel para os sindicatos em Itália. Ossindicatos europeus estão sob vários tipos de cerco. Em terceiro lugar, mesmo quando osmovimentos sindicais encaram imperativos comparáveis para a acção, as suas respostas sãomol<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos diferentes pontos de parti<strong>da</strong> e podem envolver uma dinâmica que estádependente do caminho. Em quarto lugar, restrições de objectivos oferecem alternativas paraescolhas estratégicas. A acção sindical não é simplesmente determina<strong>da</strong> externamente mas étambém o resultado <strong>da</strong> discussão interna, debate e muitas vezes conflito (Hyman, 2001, p.169).No sindicalismo uma <strong>da</strong>s expressões, a mais permanente, <strong>da</strong> organização dostrabalhadores é hoje questiona<strong>da</strong> por diferentes enfoques. Algumas abor<strong>da</strong>gens relevam atendência do declínio <strong>da</strong> sindicalização, sugerindo algumas explicações para tal tendência. Noplano mais estrutural, técnico-económico, elencam como causas, as reestruturações comsupressão do emprego em sectores tradicionalmente com forte implantação sindical; acrescente heterogenei<strong>da</strong>de dos trabalhadores; o declínio <strong>da</strong> dimensão <strong>da</strong>s empresas; amobili<strong>da</strong>de dos trabalhadores entre as empresas e entre diferentes condições perante oemprego e a vi<strong>da</strong> activa. No plano subjectivo, relevam as mu<strong>da</strong>nças de valores e de ideologiaempresarial e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de em geral e <strong>da</strong> legitimi<strong>da</strong>de do sindicalismo. Outras abor<strong>da</strong>gens,constatando o declínio <strong>da</strong> taxa de sindicalização em numerosos países, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> deoitenta, sublinham as grandes diferenças relativas entre países e a heterogenei<strong>da</strong>de desituações.Para Estanque, Ferreira e Costa, numa concepção democrática <strong>da</strong>s relações laborais, ocampo sindical ocupa um lugar central. Face aos processos de mu<strong>da</strong>nça que hoje pulverizamo mundo laboral, o sindicalismo continua a apoiar-se em visões e mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de acção quemuitas vezes se revelam desadequa<strong>da</strong>s face à reali<strong>da</strong>de actual. As grandes mutações em cursona economia global colocaram os sindicatos numa posição particularmente difícil. Esteprocesso geral de fragilização do sindicalismo é, segundo os autores, sinónimo de fragilizaçãodos trabalhadores. Assim, o princípio de defesa do trabalho digno e democrático não pode seralcançado sem a participação sindical e a sua revitalização (Estanque; Ferreira; Costa, 2002,p. 3).Para Silva os problemas com que os trabalhadores se deparam são resultado de opçõese decisões de carácter político, económico, social e cultural, toma<strong>da</strong>s por actores sociaisconcretos sendo esses que os sindicatos continuam a ter de responsabilizar e com eles têm deconflituar e negociar: (1) as enti<strong>da</strong>des patronais e as suas estruturas empresariais; (2) o podereconómico e financeiro, hoje mais estruturado, organizado e influente que em outras faseshistóricas; (3) as multinacionais com as suas estruturas, organização, redes e processos de48

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