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Capa da TESE - Fesete

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entanto, que a flexibili<strong>da</strong>de ofensiva (acentua os aspectos qualitativos) se combinafrequentemente com a flexibili<strong>da</strong>de defensiva (acentua os aspectos quantitativos), emparticular no que se refere à precarie<strong>da</strong>de do vínculo laboral. Nesse sentido, os apelos à maiorparticipação e autonomia dos trabalhadores são também, ambíguos, porque uma <strong>da</strong>s basesfun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> sua autonomia lhes é retira<strong>da</strong>, a segurança no emprego (Lima, 2004, pp. 341-343).No estudo <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de do emprego Kovacs recomen<strong>da</strong> que se faça uma distinçãoentre a flexibili<strong>da</strong>de quantitativa e qualitativa. Nos meios empresariais e políticos existe umaforte convicção de que a flexibili<strong>da</strong>de quantitativa assente na variação do volume de emprego,dos salários, dos horários de trabalho e do local de trabalho é um factor importante para oaumento <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de. Porém, segundo Kovacs, a flexibili<strong>da</strong>de pode ser analisa<strong>da</strong>numa perspectiva mais qualitativa, quer no que respeita à organização, quer às pessoas. Nestaperspectiva a flexibili<strong>da</strong>de qualitativa está associa<strong>da</strong> à capaci<strong>da</strong>de de a<strong>da</strong>ptação rápi<strong>da</strong> dosindivíduos, grupos, uni<strong>da</strong>des e <strong>da</strong> organização <strong>da</strong> empresa em geral às novas exigências eoportuni<strong>da</strong>des. Esta capaci<strong>da</strong>de alcança-se pela qualificação polivalente, novos perfisprofissionais, práticas de gestão participativas e compromissos a longo prazo entreempregadores e trabalhadores.A flexibili<strong>da</strong>de qualitativa implica novas formas de organização no trabalho, eleva<strong>da</strong>quali<strong>da</strong>de nos produtos e serviços e também no emprego e condições de trabalho. Estas duaslógicas de flexibili<strong>da</strong>de, quantitativa e qualitativa coexistem e complementam-se no seio <strong>da</strong>sredes empresariais (Kovacs, 2005, pp. 17-18).Segundo Rodrigues as estratégias de flexibili<strong>da</strong>de podem diferir sendo mais ofensivasou defensivas. A flexibili<strong>da</strong>de defensiva tende a estar associa<strong>da</strong> à competitivi<strong>da</strong>de peloscustos, enquanto a flexibili<strong>da</strong>de ofensiva tende a relacionar-se pela inovação (Rodrigues,1988, pp. 38-41). Segundo Lima as empresas e as nações mais dinâmicas têm em comum umconjunto de traços distintivos: mobili<strong>da</strong>de dos trabalhadores segundo os postos de trabalho e amaleabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s tarefas; contrato de trabalho garantindo aos trabalhadores contraparti<strong>da</strong>s noquadro <strong>da</strong> implementação <strong>da</strong>s novas tecnologias; exigências dos trabalhadores em termos denível de vi<strong>da</strong>, quali<strong>da</strong>de e segurança no trabalho; pleno emprego e imperativos decompetitivi<strong>da</strong>de (Lima, 2004 p.67).Para Kóvacs o emprego designa o lugar que é ocupado pelos indivíduos na socie<strong>da</strong>decom o objectivo de realizar um trabalho, em troca de uma retribuição. Mais do que umarelação jurídica entre o trabalhador e o empregador, o emprego define um lugar ocupado nasocie<strong>da</strong>de, uma posição social. Numa socie<strong>da</strong>de industrial o trabalho é uma activi<strong>da</strong>de centralque estrutura a vi<strong>da</strong> dos indivíduos e a vi<strong>da</strong> social em geral. Numa economia de pleno36

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